texto

textos

sábado, 17 de julho de 2010

Jardineiro da Política


Estou lendo o livro de Graciliano Ramos, Memórias do Cárcere, escrito em 1953, neste livro o autor narra o tempo em que ele esteve no cárcere na época da ditadura.
O narrador usa um português brilhante para ironizar sua prisão e sua vida. Em várias passagens ele emprega o substantivo - energúmeno microcéfalo - para se dirigir às autoridades.
Bem, amigos eu comecei falando isto por felizmente não conviver com nenhum energúmeno microcéfalo, aproveitando quero fazer uma homenagem ao meu namorado Sócrates, hoje seu aniversário, e dizer-lhe que fico imensamente contente em poder acompanhar, de perto, a sua vocação de ser um competente jardineiro na política, como diria Ruben Braga, na crônica Política e Jardinagem.
Eu digo que posso conscientemente dedicar a meu namorado, Sócrates, a passagem desta crônica quando Rubem Braga diz que o verdadeiro político é aquele que abre mão do seu próprio jardim, para cuidar do jardim do próximo.
Amor, PARABÉNS! você conduz competentemente o seu jardim e generosamente ensina-me a cuidar do meu, bem como plantar verdadeiramente flores perenes nele. Te amo!

Dani

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Lisístrata ou Inês Pereira?

Henrique olhou para mim e disse uma vez: "Você fará bem umAs Farsas", então logo lembrei-me de Gil Vicente, dramaturgo humanista, poeta português que viveu no séc. XVI em Lisboa, reconheci A Farsa de Inês Pereira.
Ela, Inês Pereira, é uma mulher que viveu na época das grandes navegações, cujo estatus econômico era mais importante que a própria monarquia. Inês Pereira era pragmática no objetivo de conseguir um bom casamento, pois acreditava que somente assim teria uma ascenção social podendo se libertar da vida enfadonha que levava na casa de seus pais.
Inês Pereira, então, incentivada pela mãe se casa com Pero Marques, um militar muito ciumento que a trancava em casa e a proibia de cantar e dançar, motivo pelo qual Inês se frusta desejando a morte dele. Por acaso do destino ele vem a falecer na guerra, deixando ela livre para usar toda a estratégica e se casar novamente gozando deste jeito do título de casada, status muito importante para uma mulher daquela época.
Um dia Inês, que só se importava com ela queria, casa-se novamente com um admirador antigo, ele não era um homem com bom posicionamento na sociedade, entretanto ele era das artes e tratava Inês bem, por isso Inês Pereira diz: "Mais vale um asno que me carregue que um cavalo que me derrube".
Gil Vicente intitula a personagem magistralmente com falas irônicas e falsas, criticando desta forma este comportamento egocêntrico da personagem através das farsas de Inês, a qual expressa características autocêntricas presentes naquela época, fim da Idade Média e começo do Renascimento.
Bom, numa aula antes das férias, o professor combinou de escalar o elenco para o monólogo do fim do ano e falou para assim para mim: "acho que você fará bem uma comédia grega" e me deu A Guerra do Sexo, liderada pela revolucionária Lisístrata, personagem de Aristófanes comediógrafo da antiguidade grega, nasceu em Atenas e viveu, aproximadamente, entre 448 e 380 a.C.
A comédia clássica foi um gênero mais voltado para crítica e sátira do cotidiano e os costumes das pessoas daquela época.
Lisístrata aparece abusando do deboche e da licenciosidade dela para acabar com a guerra do Peloponeso, que durava há vinte anos.
Ela, uma ateniense conclamada heroína do povo, convence as mulheres de Atenas e Esparta a não fazerem amor com seus respectivos homens, que estavam em guerra, a menos que eles, os homens, selassem um acordo de paz.
Ao contrário do drama, cujas mulheres são sempre as causadoras das tragédias, nesta comédia Aristófanes, usa a figura da mulher como engajamento a fim de discutir causas importantes, daí a nobreza da personagem, que não luta por uma causa só dela, como inversamente é Inês Pereira.
Bom amigos, é um prazer poder encenar características minhas através da luz destes gênios do teatro.

beijos
Dani



quinta-feira, 15 de julho de 2010

Heroína do Povo

Prazer em conhecê-la, Lisístrata de Aristófanes!

Primeiro trabalho no palco


Quinta-feira, 9, nós, alunos do curso de teatro turma "b" do preparatório, sentimos a responsabilidade de subir num palco de teatro, na apresentação do trabalho de Henrique, que conduz esta trupe teatralmente.... as aulas deste professor, de teatro, são sempre muito construtivas, sob à luz do teatro ocidental e toda gama de conhecimento que o acompanha.
A aula de hoje, por exemplo, Henrique alertou sobre as gafes proibidas no palco: psiuuuu coxia! NÃO ENTRE EM CENA ANTES DA CENA, entre outras....
Enfim o palco é uma vitrine, "não dê mole".
Na aula de hoje fomos presenteados com novas personagens, sim! é um novo trabalho, este para o fim do ano, temos quatro meses para constução da personagem, pesquisando, ensaiando, decorando, isto eu chamaria de pré-trabalho.
Sr Erondi mandou bem na idéia do teatro ' é reticencias' fechou com chave de ouro sobre o que queríamos definir, e não tem uma só definição, então é isso amigos, teatro é abstrato como a vida e vida é arte!