texto

textos

domingo, 21 de novembro de 2010

Peça: Persona criada por Carlos Henrique


Quando tomei a decisão de ir à academia malhar, tive a certeza de que devemos nos empenhar ao máximo para executarmos todas as nossas vontades, mesmo que dê uma preguiça momentanea, digo isso por causa da lua cheia linda no céu de primavera entardecendo que avistei ao sair do portão. Estes dias estou muito lírica, deve ser porque minha amada mãe esteve aqui em minha casa visitando-me, contudo, isto é assunto para outro post.
Hoje vou escrever sobre outra paixão minha, a de ler um texto e representá-lo, e pela segunda vez estive num palco de teatro, foi dia 10 de Novembro de 2010, a apresentação do trabalho de fim do ano da turma do preparatorio para ingressar no curso técnico de teatro.
Preparamos para a apresentação cerca de dois meses antes, treinamos movimentos de corpo, expressões faciais, voz, posições no palco, luz, som, enfim, a famosa criação da personagem.
Um dia antes trabalhamos no palco montamos o cenario, diga-se de passagem o palco estava refletido, tinha vários espelhos pendurados, cenografia assinada pelo professor C. Henrique. O momento chegou, estava ansiosa, o coração disparou, concentrei-me desde o primeiro sinal, deu o último sinal entrei no palco ao som de uma banda portuguesa chamada Madre de Deus meu colega Will encenou um trecho da personagem “Diabo” da obra “ Barca do Inferno”, do escritor português Gil Vicente, a peça continuava com “A judia” de o “Terror e a Miséria do III Reich”, do alemão Bertold Brecht encenada muito bem por Vivi Teixeira, seguindo com o André Moreno, encenando “Pacífico” de “ Desgraça de uma criança”, do dramaturgo brasileiro Martins Penna, depois a talentosa Beatriz Pires encenou o monólogo de “Leonor de Mendonça”, obra do romantista brasileiro Gonçalves Dias, depois apareceu o “Arlequim” da comedia Dell Art italiana, escrita por Goldoni e encenado muitíssimo bem pelo artista Jansen Motta, em seguida apareceu “O Comerciante” de A Exceção e a Regra, do dramaturgo B. Brecht, encenada por Carlos Silva, depois entrou no palco “Tirésias” da obra “Édipo Rei”, do escritor grego Sófocles, causando uma catarse expontanea através da encenação do ator Heron Santos, então “Blanche Dubois”, de “Um Bonde Chamado Desejo”, do escritor norte-americano Tennesse Williams, contou-nos um trecho da obra através da talentosa atriz Kelly Sampaio, Daniel trouxe o “Tartufo” da obra “Le Tartuffe”, do dramaturgo francês Molière, e depois apareceu desesperada no palco Taynara Barreto trazendo a personagem “Senhora Carrar”, da obra “Os Fuzis da Senhora Carrar”, do escritor Bertolt Brecht, depois foi a vez de aparecer “Mary Stuart” da obra “Rainha da Escócia” do escritor Friedrich Shiller, encenada pela atriz Michele, e logo surgiu no palco sob a luz “Rei Lear” personagem do escritor Willian Shakeaspeare, bem encenado pelo ator Juliano Barcelos, a música de Clara Nunes deu o tom da personagem “Juana” da peça “A Gota d´Água, escrita pelo nosso célebre Chico Buarque de Holanda, e interpratada por Elisângela, depois foi a vez de “Lisístrata” uma mulher que quer acabar com a guerra do Peloponeso e decide fazer uma guerra dos sexos para isso, da obra “Lisístrata. A Guerra dos Sexos”, do comediante e dramaturgo Aristófanes, Lisístrata surgiu no palco, era ela ali naquele momento, era por ela que ensaiei até encontrar o tom certo meses antes e assim mostrar à plateia, Lisístrata então falou, estava linda, sexy e segura de si, kkkk!!! Coisa que o professor, suscitou em mim, Lisístrata! Esta personagem marcou minha vida! Então a peça ia finalizando com a “Mãe” de “Bodas de Sangue”, do escritor espanhol Frederico Garcia Lorca, representada emocionantemente por Carol Toledo e terminou com um convite do “Diabo”, de Gill Vicente através de Willian estudante de teatro como eu e todos os artistas supracitados, para embarcarmos na barca do mal.
Pois é meus amigos, no teatro nada é real e nada é irreal ao mesmo tempo, o que importa realmente em nossas vidas é não desistirmos de realizar nossos desejos, mesmo sendo eles os mais intrínsecos ou aqueles, aparentemente, mais simples, como tomar uma decisão de ir a academia malhar, ou de se matricular num curso de teatro, ou de achar motivos para perceber a natureza ao seu redor ou somente de receber a visita de sua mãe.

Beijooo
Dani
.
.