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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Vencendo os defeitos

"Se quer desintegrar os seus defeitos não os condene, nem se justifique compreenda os seus defeitos.
Quando condenamos um defeito escondemo-lo nos diversos níveis da mente. Quando justificamos um defeito, robustecemo-lo horrivelmente. Quando compreendemos um defeito o desintegramos. Assim, compreendendo nossos defeitos, dissolvemos o Eu e triunfamos na vida. Quando o Eu se dissolve, enchemo-nos de plenitude e felicidade, então expressa-se dentre de nós o Ser, o Espírito, o Amor.
Recorde que Deus, o Espírito, o Ser Interno de todo homem e de toda mulher jamais é o Eu, O Ser é divino, eterno e perfeito, O Eu é o Satã da lenda bíblica. O Eu não é o corpo. Ele é energético e diabólico. Nele está a raiz da miséria, da pobreza e dos fracassos. Deus é abundância, felicidade e perfeição. Dissolva o Eu e você terá tudo Isso. Mude a sua vida agora mesmo, compreenda a necessidade de acabar com todos os seus defeitos e com a causa de todos os fracassos.
Repita esta oração: Tu que és o meu Deus Interno ilumina-me, faça-me ver os próprios defeitos, Amém!
Abrahão Lincoln descobriu que tinha doze defeitos que o prejudicava. Ele dedicou dois meses a cada defeito e em 24 meses acabou com eles. Então veio o êxito e aquele homem converteu-se no primeiro cidadão dos Estados Unidos. Imite você este personagem, examine-se a si mesmo, descubra quais são os defeitos que impedem o seu triunfo e dedique dois meses a cada um, assim os dissolverá inevitavelmente na vida.
Deus nos criou para a felicidade eterna, mas a vida terrestre deve servir unicamente ao nosso aperfeiçoamento moral.
O mundo material, as dificuldades ordinárias da vida, a diversidade de gostos, tendências e necessidades entre os homens são meios de nos aperfeiçoarmos no exercício da caridade por meio das concessões e sacrifícios mútuos.
A felicidade possível ao homem neste mundo está na busca não dos prazeres materiais, mas do bem. Para sermos verdadeiramente cristãos, não é preciso chegar ao martírio ou sacrificar a alegria de viver. Se, inspirados pela caridade e sustentados pela fé, sacrificarmos o egoísmo, o orgulho e a vaidade, venceremos."

Oração da Humildade

Deus Santo,
Jesus convidou-nos a lutar contra as forças negativas do egoísmo, a fim de criarmos laço de amor e comunhão e, deste modo, podermos criar uma terra melhor.

Na verdade, o egoísmo só pode ser vencido através de gestos e atitudes de doação e amor.
Estou a recordar algumas atitudes que me parecem fundamentais para vencermos em nós as forças negativas do egoísmo:

-Tomar a sério a pessoa e a dignidade de cada ser humano.
-Aceitar o outro por ele ser o que é e não por ele fazer aquilo que eu gostaria que ele fizesse.
-Procurar comunicar sempre esperança e otimismo, em vez de pessimismos estéreis que oprimem as pessoas e bloqueiam a sua realização.
-Recusar-mo-nos a alimentar nos nossos corações sentimentos negativos, tais como ressentimentos ou planos de vingança.

Espírito Santo,
Tu és mestre na arte de favorecer e alimentar as relações de amor.
Ajuda-nos a não estarmos a olhar constantemente para os nossos interesses pessoais.
Ensina-nos a arte de olhar e saber descobrir as necessidades e os interesse dos nossos irmãos.

Dá-nos, Espírito Santo, a limpidez da mente e a sabedoria do coração, a fim de estarmos atentos às qualidades dos outros e compreeendermos que o bem que os outros fazem não deixa de o ser só porque não foi feito por nós.

Ajuda-nos a estar atentos à história concreta das pessoas com as quais convivemos, a fim de sermos capazes de as aceitar e compreender.

Na verdade, o passado de uma pessoa possibilita e condiciona o seu presente.
Ajuda-nos, Espírito Santo, a compreender que não somos bons em tudo, a fim de termos a capacidade e a humildade de aceitar os talentos e a cooperação dos outros.

Uma pessoa adulta sabe que o amor não se confunde com apego sentimentalista ou tendência a dominar e substituir o outro.

A pessoa que ama de verdade não está sempre a exigir do outro disponibilidade e serviço, mas sabe estar disponível nos momentos em que alguém precisa do seu apoio.

A pessoa que que ama, ao dar um conselho, procura comunicar sempre o melhor da sua experiência e do seu saber.

À medida em que a pessoa vence as forças do egoísmo começa a ser capaz de se alegrar com os sucessos dos outros como se fossem os seus próprios.

Deus Santo,
Ajudai-me a vencer as forças negativas do egoísmo.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Saúde a todos!

Este momento da minha vida é o mais rico de aprendizado pelo qual já passei, porque estou tendo a grande oprtunidade de evoluir minha pessoa e de aprender com Deus.
Há um mês minha vida estava sossegada, estava feliz como nunca: cuidando do meu marido, da casa, apresentando uma peça, trabalhando... e de repente tudo mudou, minha mãe recebeu um diagnóstico de tumor maligno e na mesma hora larguei tudo e vim a Minhas Gerais ficar com ela.
A vida é como ela é! Adoro esta frase de Nelson Rodrigues e falo para mim mesma sempre que alguma coisa não acontece do jeito que programei.
Já se passaram mais de trinta dias que estou aqui no meu estado natal e cada vez mais entendo que Deus sabe o que faz e tem Seus motivos para nos ensinar a evoluir nesta vida, como dizem: "Deus ensina pelo amor ou pela dor".
Acompanhando minha mãe no tratamento muitas vezes fraquejo diante de tanto sofrimento que vejo nos corredores dos hospitais que tratam o câncer, este mal do século, olho nos olhos dos pacientes que estão esperando impacientemente pela cura e peço misericórdia a Deus!
A cada dia aprendo uma nova lição de esperança, de solidariedade, de não-egoísmo e sempre acreditando no poder da fé; "Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, é a convicção de fatos que se não veem". - Hebreus 11:1
Ocorre-me então que não são somente os pacientes que precisam ser curados mas toda a humanidade, pois não existe somente o câncer do corpo e sim o da alma, aquele do egoísmo, da crueldade, da covardia, da maldade, da luxúria, do remorso, da culpa etc.
Neste momento da minha vida estou aprendendo a pedir perdão a Deus e a perdoar também. Aprendo lindas orações, bem como as do Anjo Raphael, com as pessoas que também estão passando por esta difícil experiência, quer seja elas mesmas quer seja alguém próximo.
Estou enxergando na marra que todos nós somos suscetíveis a adoecer de uma hora para outra e deixarmos esta vida, deixarmos as pessoas que amamos e chegarmos ao fim ou a um recomeço, depende do quão proveitoso é o aprendizado.
Do fundo do coração desejo saúde, a maior riqueza da vida, a todos!!

Beijoo
;) Dani

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Por que não o final feliz?!

Cheguei do ensaio da peça Romeu e Julieta, que estreiará dia 10 de Novembro, em Macaé, cada vez mais admiro a genialidade da linguagem de Shakeaspeare, que a todo instante exalta o amor e como sou romântica me emociono demais!
Além do sentimentalismo do enredo existe a ação, a comédia e o drama. Shakespeare cria um universo cotidiano de sonhos; o sonho do amor, da paz, da felicidade, sentimentos nobres embora arredios.
A peça é sustentada pelo amor de dois jovens, que são vítimas do ódio passado de suas famílias. Romeu e Julieta se amam desde a primeira vez que se veem e sentem, reciprocamente, uma paixão avassaladora, que ambos ainda não conheciam.
Uma história de amor, contudo sem final feliz, é o objetivo de Shakespeare?!
Como a arte imita a vida, há inúmeras histórias de amor por aí, umas com o mesmo triste fim; o do acaso e outras com outro!
Que a energia positiva do universo encontre sempre a energia do amor, assim não havendo outro final, que não seja o feliz, das histórias de amor!!

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Meus cinco anos

Neste episódio da minha vida foi por um triz que não fui abocanhada por um rottweiller. Eu tinha cinco anos, meu pai levou-me a uma oficina mecânica, ele era caminhoneiro pela SADA Transportes de veículos em Betim. Na minha cidade natal mesmo, Conselheiro Lafaiete, chegamos àquele lugar alto, grande e escuro, embora fosse de dia, lembro-me de ter andado hipnotizadamente distraída para frente foi quando surgiu, para mim, um cão enorme, preto e feroz então meu pai puxou minha mão antes que fosse mordida por aquele cão.
Em outra oportunidade agradeci a meu pai por ter salvado minha vida. Quando cresci não fiquei muito próxima a ele, quando eu tinha 16 anos ele se mudou da nossa casa, hoje ele mora com a minha avó, que é uma mulher de 86 anos de doçura, com o irmão dele, solteirão e com o meu irmão, mais velho. Eles moram em Minas Gerais, lá nas terras cercadas por montanhas, onde é tradição as famílias irem à missa e depois almoçarem juntos.
é isto amigos, um pouco sobre mim.
Beijoss
;) Dani

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Lao Tsé

"As palavras verdadeiras não são agradáveis e as agradáveis não são verdadeiras.
É fácil apagar as pegadas; difícil, porém, é caminhar sem pisar o chão.
Pagai o mal com o bem, porque o amor é vitorioso no ataque e invulnerável na defesa.
Quem conhece a sua ignorância revela a mais profunda sapiência. Quem ignora a sua ignorância vive na mais profunda ilusão.
Uma longa viagem começa com um único passo.
Lança o saber e não terás tristeza.
O sábio não se exibe e vejam como é notado. Renuncia a si mesmo e jamais é esquecido.
Quando a obra dos melhores chefes fica concluída, o povo diz: fomos nós que a fizemos.
A libertação do desejo conduz à paz interior.
Com o bom sou bom, / mas mesmo com quem não é bom sou bom / pois boa é a virtude.
Governa-se um grande Estado assim como se frita um pequeno peixe.
Aquele que se eleva nas pontas dos pés não está seguro.
A felicidade nasce da infelicidade; a infelicidade está escondida no seio da felicidade.
A alma não tem segredo que o comportamento não revele.
Aquele que tudo julga fácil, encontrará muitas dificuldades.
Aquele que sabe não fala; aquele que fala não sabe.
O coração do homem pode estar deprimido ou excitado. Em qualquer dos dois casos o resultado será fatal.
Quando o governante é indulgente, o povo é virtuoso. Quando o governante é rigoroso, o povo prevarica.
Nada é impossível a quem pratica a contemplação. Com ela, tornamo-nos senhores do mundo.
Aquele que não tem confiança nos outros, não lhes pode ganhar a confiança.
Aquele que sabe quando tem bastante, não cairá no ridículo. E aquele quando deve parar, não correrá perigos.
O homem realmente culto não se envergonha de fazer perguntas também aos menos instruídos.
O homem sábio / rejeita o excesso / rejeita a prodigalidade / rejeita a grandeza.
Uma longa viagem de mil milhas inicia-se com o movimento de um pé.
Quem fica na ponta dos pés, tem pouca fi

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Anjo dourado no céu negro

Na minha adolescência, minha mãe, emocionada, uma vez contou a mim e aos meus dois irmãos aquele lindo poema: Pegadas na areia. Daquela mensagem de fé e de confiança nunca mais me esqueci. Entendi a mensagem, porém naquele momento da minha vida, não tinha sido, ainda, carregada por Deus, talvez porque não tinha entrado para o mundo dos adultos, aquele cheio de problemas para resolver.
Anos mais tarde, já na fase adulta e madura da vida, a figura da minha, linda, mãe, veio à minha mente, ao ser carregada por Deus num caminho complicado pelo qual eu estava passando, permiti que acontecessem coisas na minha vida que poderiam ter sido evitadas, usando o autocontrole, como o medo, a insegurança, o egoísmo, ou seja, empecilhos para nossa evolução pessoal e espiritual.
Esta fase da minha vida foi muito dolorosa, eu tinha muito medo, insegurança e ansiedade, precisei de medicamento, algumas vezes, para suportar a realidade, mas em meio à esta crise pessoal pela qual passava, um dia, voltando para casa após o trabalho, à noite, respirei fundo e olhei para o céu, então vi um contorno de um anjo ajoelhado orando, o anjo dourado, com mãos postas, olhando para mim, um lindo anjo da cor do ouro no céu negro da noite apareceu para mim e me disse que ele estava comigo, que eu não precisava temer...
Daquele dia em diante tive mais fé no amor de Deus, na vida terrestre, na família unida. Acredito que estamos aqui com uma missão, é preciso deixá-la fluir!

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Elza Ibrahim em Cordel


Amanhece na cidade
Acordo para estudar
Visto o meu uniforme
Na escola vou estar
Vou encontrar a galera
E feliz juntar-me a ela.

O colégio é muito bom,
A aula é melhor ainda
Para quem presta atenção
A sabedoria é linda!
E aquele que a desconhece
Infelizmente não cresce!

Entendo a História
Aprendendo a gramática
Conheço a Geografia
Fazendo a Matemática
A Educação Física
As Ciências e as Artes

Quero ter a consciência
De gostar do educador
Aprender como, com ele,
Compartilhar seu amor
Também seu conhecimento
Visando meu crescimento.

O colégio é muito bom!
A escola é o meu lugar!
Lá é onde eu aprendo
A como me concentrar
Junto com outras crianças
Onde existe esperança!

A escola é uma viagem
Uma viagem no tempo
A escola é tão bonita,
Lá eu faço juramento
A formar-me cidadão
E viver nesta nação.

terça-feira, 30 de agosto de 2011

Coisas da Vida

Para mim, viajar é sempre um grande prazer. Como de praxe, estava ansiosa para que chegasse a hora de embarcar no ônibus, junto com o Grupo Teatral Acto Comunidade e irmos ao Rio de Janeiro passear no teatro Sesc Ginástico, a fim de assistir à peça Tio Vânia, do grupo de teatro, mineiro, Galpão.
Sábado chegou, encontrei os amigos, o ônibus encostou, camisas do grupo a postos, embarcamos e começou uma grande aventura, com direito a ir assistindo ao DVD do delicioso musical Chicago. Cenas arrepiantes!
O Galpão busca as raízes de um teatro popular e de rua, amo isso! Apresentam-se por todo o mundo. Eles são incríveis, levam o circo ao palco, porém esta peça, pelo cenário, uma ceia com um galho seco em cima da mesa com seis cadeiras, acho que não é assim, digo acho porque aconteceu um acidente com o ator do grupo e a peça foi adiada, não a vi, que pena! Para não ser tão ruim assim, lá, encontrei e tirei foto com o melhor ator dos últimos tempos, o Selton Mello!!
Também assisti à peça Um rubi no umbigo, com texto irônico e engajado de Ferreira Gullar, cenário simples, com caixa de papelão como paredes, um sofá velho e uma TV, que passava a notícia do roubo nos bancos e gostei da interpretação do pai e da mãe da família.
Voltando ao assunto do acidente, com o ator Eduardo Moreira, quase que eu também acidentei-me amigos, poderia ter até morrido, pois, antes de irmos ao teatro, estávamos no bondinho de santa Tereza, que perdeu o freio e veio a se chocar no muro, deixando cinco pessoas mortas e cinquenta pessoas feridas, graças a Deus nós saltamos antes do terrível acidente.
Contudo, infelizmente aconteceu essa tragédia levando pessoas que, certamente, não estavam preparadas para isso, na hora que embarcou naquele bondinho, fazendo brincadeiras e querendo curtir a vista das ladeiras de lá.
Eu fiquei impressionada com isso, a morte passou ao meu lado, desta vez, e hoje não estaria aqui para olhar o céu e ver, destacando no breu, a linda lua nova de virgem, um feixe de luz em sua base, anunciando que o ciclo da vida continua para alguns.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Acentuação gráfica

Alfabeto português
A B C D E F G H I J K L M N O P Q R S T U V WX Y Z

Escrita de símbolos de unidades de medida: km (quilômetro), kg (quilograma),W (watt); h (hora)

Regras gerais:

1a) regra = Acentuação das palavras monossílabas tônicas
Acentuam-se as monossílabas tônicas terminadas em Exemplos
A (s) chá, gás, más, dá-lo
E (s) mês, crê, dê, lê, vê-lo
O (s) Nós, dó, pós, pô-lo

Obs.: Monossílabas átonas (isto é, que têm pronuncia “fraca”) não recebem acento. E.: Ela estava na festa de aniversário, mas não a vi.

2a) regra = Acentuação das palavras oxítonas
Acentuam-se as oxítonas terminadas em Exemplos
A (s) Guaraná, xarás, criticá-lo
E (s) Você, jacarés, vendê-las
O (s) Bisavô, retrós, expô-la
EM/ENS Vintém, parabéns, alguém

Obs.: Note que paroxítonas com terminação 'em' não recebem acento. Ex.: Jovem, item.

3a) regra = Acentuação das palavras paroxítonas
Acentuam –se as paroxítonas terminadas em Exemplos
I(s), U(s) Biquíni, tênis, bônus, meinácu
L, N, R, X Notável, hífen, fêmur, tórax
UM/UNS, PS Fórum, álbuns, bíceps, fórceps
Ã(s) ÃO(s) Íma (s), órfãos,

Obs.: Os prefixos (semi, anti, super, inter ) não são acentuados (ou seja, não seguem a regra).

4a) regra = Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.
Exemplos: típico, máquinas, códigos, relêssemos

Observações:
1) Ditongo é o encontro de dois sons vocálicos na mesma sílaba. O ditongo pode ser: Crescente – espécie, infância, delírios,: Decrescente – ameixa, descuidar, outono, paixão
2) Não se usa mais o trema: arguir, bilíngue, cinquenta, delinquente, eloquente,ensanguentado, equestre, exceção (Müller, mülleriano).

5a) regra = Acentuam-se ditongos abertos de palavras oxítonas e monossílabas tônicas terminadas em éi, éu e ói ex.: herói, constrói, dói, anéis, papéis, troféu, céu, chapéu.

6a) regra = Os ditongos abertos ei e oi não sãos acentuados em palavras paroxítonas, como: Assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, coreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico.

7a) regra = Não se acentua o "i" e "u" tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo decrescente, como: baiuca, boiuna, feiura, feiume, bocauva; porém acentua-se o "i" e o "u" tônicos precedidos por ditongo crescente: Piauí, e o ¨i ¨e ¨ u ¨ tônicos, hiatos, ex.: saúde, saída, gaúcho

8a) regra = Não se usa o acento das palavras terminadas em eem e oo(s).
Ex. Abençoo, creem, deem, doo, enjoo, leem, magoo

9a ) regra = Não se usa o acento que diferenciava os pares pára/para, pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s)e pêra/pera. Ex. Ele para o carro; Ele foi ao polo Norte; Esse gato tem pelos brancos; Comi uma pera.

10a) regra = Acentua-se o verbo pôr. Pôr é verbo. Por é preposição.
Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.

Observação: acentua-se o verbo poder na forma pretérito perfeito do indicativo, na 3.ª pessoa do singular. Ex.: Ontem, ele não pôde sair.

Pode (poder) é a forma do presente do indicativo, na 3.ª pessoa do singular.
Ex. : Hoje ele pode sair.

11a ) regra = Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir etc.):
Ex.Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder. Ele intervém em todas as aulas. / Eles
intervêm em todas as aulas.

12a) regra = É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Veja este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?

13a) regra= Não se acentua o ‘u’ tônico das formas (tu) arguis, (ele) argui, (eles) arguem, do presente do indicativo do verbo arguir. O mesmo
vale para o seu composto redarguir.

14a) regra = Há uma variação na pronúncia dos verbos terminados em guar, quar e quir, como aguar, averiguar, apaziguar, desaguar, enxaguar, obliquar,
delinquir etc. Esses verbos admitem duas pronúncias, em algumas formas
do presente do indicativo, do presente do subjuntivo e também do imperativo se forem pronunciadas com a ou i tônicos, essas formas devem ser acentuadas.

Ex.:enxáguo, enxáguas, enxágua, enxáguam; enxágue, enxágues, enxágüem; delínquo, delínques, delínque, delínquem; delínqua,
delínquas, delínquam.

Uso do hífen com compostos

1. Usa-se o hífen nas palavras compostas que não apresentam elementos
de ligação. Exemplos: guarda-chuva, arco-íris, boa-fé, segunda-feira, mesa-redonda, vaga-lume, joão-ninguém, porta-malas, porta-bandeira, pão-duro, bate-boca

* Exceções: Não se usa o hífen em certas palavras que perderam a noção
de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, pontapé,
paraquedas, paraquedista, paraquedismo.


2. Usa-se o hífen em compostos que têm palavras iguais ou quase iguais,
sem elementos de ligação. Exemplos: reco-reco, blá-blá-blá, zum-zum, tico-tico, tique-taque, cri-cri, glu-glu, rom-rom, pingue-pongue, zigue-zague, esconde-esconde, pega-pega, corre-corre

3. Não se usa o hífen em compostos que apresentem elementos de ligação.
Exemplos: pé de moleque, pé de vento, pai de todos, dia a dia, fim de semana, cor de vinho, ponto e vírgula, camisa de força, cara de pau, olho de sogra.

Incluem-se neste caso os compostos de base oracional. Exemplos: Maria vai com as outras, leva e traz, diz que diz que, deus me livre, deus nos acuda, cor de burro quando foge, bicho de sete cabeças, faz de conta

* Exceções: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, mais-que-
-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa.

4. Usa-se o hífen nos compostos entre cujos elementos há o emprego do
apóstrofo. Exemplos: gota-d’água, pé-d’água.

5. Usa-se o hífen nas palavras compostas derivadas de topônimos (nomes
próprios de lugares), com ou sem elementos de ligação. Exemplos: Belo Horizonte —belo-horizontino; Porto Alegre —porto-alegrense;Mato Grosso do Sul —mato-grossense-do-sul; Rio Grande do Norte —rio-grandense-do-norte; África do Sul —sul-africano

6. Usa-se o hífen nos compostos que designam espécies animais e botânicas (nomes de plantas, flores, frutos, raízes, sementes), tenham ou não elementos de ligação. Exemplos: bem-te-vi, peixe-espada, peixe-do-paraíso, mico-leão-dourado, andorinha-da-serra, lebre-da-patagônia, erva-doce, ervilha-de-cheiro, pimenta-do-reino, peroba-do-campo, cravo-da-índia

Obs.: não se usa o hífen, quando os compostos que designam espécies botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a diferença de sentido entre os pares:

a) bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental) - bico de papagaio
(deformação nas vértebras).
b) olho-de-boi (espécie de peixe) - olho de boi (espécie de selo postal).

Uso do hífen com prefixos

As observações a seguir referem-se ao uso do hífen em palavras formadas por
prefixos (anti, super, ultra, sub etc.) ou por elementos que podem funcionar
como prefixos (aero, agro, auto, eletro, geo, hidro, macro, micro, mini, multi, neo etc.).

Casos gerais:

1. Usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.
Exemplos: anti-higiênico; anti-histórico; macro-história; mini-hotel; proto-história
sobre-humano; super-homem; ultra-humano

2. Usa-se o hífen se o prefixo terminar com a mesma letra com que se inicia
a outra palavra. Exemplos: micro-ondas; anti-inflacionário; sub-bibliotecário
inter-regional.

3. Não se usa o hífen se o prefixo terminar com letra diferente daquela
com que se inicia a outra palavra. Exemplos: autoescola; antiaéreo; intermunicipal
supersônico; superinteressante; agroindustrial;aeroespacial; semicírculo

* Se o prefixo terminar por vogal e a outra palavra começar por r ou s, dobram-
se essas letras. Exemplos: minissaia; antirracismo; ultrassom; semirreta

Casos particulares

1. Com os prefixos sub e sob, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada
por r. Exemplos: sub-região; sub-reitor; sub-regional; sob-roda

2. Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de palavra iniciada
por m, n e vogal. Exemplos: circum-murado; circum-navegação; pan-americano

3. Usa-se o hífen com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, vice. Exemplos: além-mar; além-túmulo; aquém-mar; ex-aluno; ex-diretor; ex-hospedeiro
ex-prefeito; ex-presidente; pós-graduação; pré-história; pré-vestibular; pró-europeu
recém-casado; recém-nascido; sem-terra; vice-rei

4. O prefixo co junta-se com o segundo elemento, mesmo quando este se inicia por o ou h. Neste último caso, corta-se o h. Se a palavra seguinte começar com r ou s, dobram-se essas letras. Exemplos: coobrigação; coedição; coeducar; cofundador; coabitação; coerdeiro; correu; corresponsável; cosseno

5. Com os prefixos pre e re, não se usa o hífen, mesmo diante de palavras
começadas por e. Exemplos: preexistente; preelaborar; reescrever; reedição

6. Na formação de palavras com ab, ob e ad, usa-se o hífen diante de palavra
começada por b, d ou r. Exemplos: ad-digital; ad-renal; ob-rogar; ab-rogar

Outros casos do uso do hífen

1. Não se usa o hífen na formação de palavras com não e quase. Exemplos:
(acordo de) não agressão; (isto é um) quase delito

2. Com mal*, usa-se o hífen quando a palavra seguinte começar por vogal,
h ou l. Exemplos: mal-entendido; mal-estar; mal-humorado; mal-limpo

* Quando mal significa doença, usa-se o hífen se não houver elemento de
ligação. Exemplo: mal-francês. Se houver elemento de ligação, escreve-
-se sem o hífen. Exemplos: mal de lázaro, mal de sete dias.

3. Usa-se o hífen com sufixos de origem tupi-guarani que representam formas adjetivas, como açu, guaçu, mirim. Exemplos: capim-açu; amoré-guaçu; anajá-mirim

4. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando não propriamente vocábulos, mas encadeamentos vocabulares. Ex.:Ponte Rio-Niterói; eixo Rio-São Paulo

5. Para clareza gráfica, se no final da linha a partição de uma palavra ou
combinação de palavras coincidir com o hífen, ele deve ser repetido na linha
seguinte. Exemplos: Na cidade, conta- -se que ele foi viajar.
O diretor foi receber os ex--alunos.





segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Ser Professora


Quando eu tinha 20 anos a proposta que tinha para minha vida profissional era ser professora, lecionar nossa Língua Portuguesa, e/ou Inglês, nas escolas, pois bem, fiz a faculdade de Letras, com ênfase em Português e literaturas, Inglês e literaturas. Foi uma época valiosa em minha formação profissional, como também pessoal.
Com dezoito anos, em Conselheiro Lafaiete, MG, trabalhava em uma loja de brinquedos e papelaria de dia e à noite ia à faculdade, almejava minha evolução profissional vindo através do meu trabalho como professora, eu acreditava na minha vocação para esta profissão, aprendendo, ensinando, interpretando, por conseguinte, os belos textos literários, quiçá, encenando-os!
Hoje, mais de anos passaram-se e posso dizer que eu estava certa, minha intuição não falhou, sou uma professora que leva uma mensagem à alguém, quer contando uma história para crianças, quer recitando para adultos, quer explicando gramática para adolescentes.
Toda segunda-feira, leciono num pré-vestibular perto da praia, vou de bike mesmo, pela praia, uma vez que a cidade na qual vivo é prático usar este transporte. É tão prazeroso fazer o que se gosta, amigos, então, sigam sua intuição, ela irá lhes guiarem!

sábado, 20 de agosto de 2011

Meus oito anos



A ideia era ir ao evento de folclore, entretanto não era na casa de Casimiro de Abreu, era no Museu de Casimiro de Abreu, tudo bem é sempre um prazer ir à casa onde viveu Casimiro de Abreu, nosso mestre literário do Romantismo, escola do séc. XVIII que influenciou uma gama de artistas a mergulhar na nostalgia romântica, no egoísmo do amor platônico, no subjetivismo exacerbado, na alienação social, na dor existencialista, sabe que me identifico muito com isto!?! Emociono-me toda vez que vou àquele lugar, a paz emanada da natureza circundante e desperta na minha alma todo o sentimentalismo de Casimiro de Abreu:

‘ Meus oito anos’
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
À sombra das bananeiras,
Debaixo dos laranjais!
Como são belos os dias
Do despontar da existência!
— Respira a alma inocência
Como perfumes a flor;
O mar é — lago sereno,
O céu — um manto azulado,
O mundo — um sonho dourado,
A vida — um hino d’amor!
Que aurora, que sol, que vida,
Que noites de melodia
Naquela doce alegria,
Naquele ingenuo folgar!
O céu bordado d’estrelas,
A terra de aromas cheia
As ondas beijando a areia
E a lua beijando o mar!
Oh! dias da minha infância!
Oh! meu céu de primavera!
Que doce a vida não era
Nessa risonha manhã!
Em vez das mágoas de agora,
Eu tinha nessas delicias
De minha mãe as caricias
E beijos de minhã irmã!
Livre filho das montanhas,
Eu ia bem satisfeito,
Da camisa aberta o peito,
— Pés descalços, braços nus
— Correndo pelas campinas
A roda das cachoeiras,
Atrás das asas ligeiras
Das borboletas azuis!
Naqueles tempos ditosos
Ia colher as pitangas,
Trepava a tirar as mangas,
Brincava à beira do mar;
Rezava às Ave-Marias,
Achava o céu sempre lindo.
Adormecia sorrindo
E despertava a cantar!
…………………………..
Oh! que saudades que tenho
Da aurora da minha vida,
Da minha infância querida
Que os anos não trazem mais!
— Que amor, que sonhos, que flores,
Naquelas tardes fagueiras
A sombra das bananeiras
Debaixo dos laranjais!

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Paz interior

Existem pessoas de todo jeito na vida. Eu, sou uma pessoa estranha, cheia de preconceitos, síndromes, crises, ‘viagens’ que não me fazem bem, eu sei disso, por isso quero ser diferente, mas ser outra pessoa significa começar do zero, contudo “é impossível voltar a forma original”, então o que fazer?
Entrei para o teatro, fiz uma personagem, achei fácil ser outra pessoa, porque a idealizei com méritos e glórias e não com traumas, o que na vida objetiva é bem diferente, pois tenho frustrações, decepciono, não consigo fazer as coisas acontecerem como eu quero, erro.
Entretanto, não desisto da vida mais, pois tenho um amor, uma família, saude e Deus e por isso busco a paz interior!!

beeijos amigos

domingo, 31 de julho de 2011

Arraiá da Rinha


O dia começou bem, eu estava ansiosa para que ele chegasse. Acordei fiz minhas coisas habituais em casa e logo parti à Rinha das Artes, lá encontrei minha galera, a do teatro, eu estava feliz, gosto deles, cada um com uma personalidade, ou varias! Quem interpreta entende isso!
Era dia de festa e nós do Grupo Acto Comunidade estávamos enfeitando a Rinha das Artes para o “Arraiá da Rinha” estava liberando, assim, meu espírito para bailar ao som do mundo, sinto isso quando estou feliz e estava pois gosto de estar envolvida com algo, isso me deixa livre.
Ainda tínhamos que comprar os ingredientes e fazer o caldo de batata baroa com queijo gorgonzzola, hum! Ouvimos elogios, depois... O caldo ficou pronto, era hora de me aprontar para a festa que começaria daqui a pouco. Então coloquei minhas sainha florida e camisa cor de rosa, fiz trancinhas no cabelo, bem maquiada e cheirosa, como uma boa caipira, cheguei ao Arraiá da Rinha!
Que bacana, lá encontrei minha turma! Pessoas especiais e amigas estavam lá, eita caipirada boa sô! A Rinha das Artes se transformou numa boa festa na roça com muito bate papo, caldos, churrasco, doces e a famosa dança dos caipiras.
É uma felicidade fazer parte da família do Grupo Acto Comunidade, neste grupo é meu lugar!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Manuel Bandeira

A Cópula

Depois de lhe beijar meticulosamente
o cu, que é uma pimenta, a boceta, que é um doce,
o moço exibe à moça a bagagem que trouxe:
culhões e membro, um membro enorme e turgescente.

Ela toma-o na boca e morde-o. Incontinenti,
Não pode ele conter-se, e, de um jacto, esporrou-se.
Não desarmou porém. Antes, mais rijo, alteou-se
E fodeu-a. Ela geme, ela peida, ela sente

Que vai morrer: - "Eu morro! Ai, não queres que eu morra?!"
Grita para o rapaz que aceso como um diabo,
arde em cio e tesão na amorosa gangorra

E titilando-a nos mamilos e no rabo
(que depois irá ter sua ração de porra),
lhe enfia cona adentro o mangalho até o cabo.


Boda espiritual

Tu não estas comigo em momentos escassos:
No pensamento meu, amor, tu vives nua
- Toda nua, pudica e bela, nos meus braços.

O teu ombro no meu, ávido, se insinua.
Pende a tua cabeça. Eu amacio-a... Afago-a...
Ah, como a minha mão treme... Como ela é tua...

Põe no teu rosto o gozo uma expressão de mágoa.
O teu corpo crispado alucina. De escorço
O vejo estremecer como uma sombra n'água.

Gemes quase a chorar. Suplicas com esforço.
E para amortecer teu ardente desejo
Estendo longamente a mão pelo teu dorso...

Tua boca sem voz implora em um arquejo.
Eu te estreito cada vez mais, e espio absorto
A maravilha astral dessa nudez sem pejo...

E te amo como se ama um passarinho morto.


"Não quero amar,
Não quero ser amado.
Não quero combater,
Não quero ser soldado.

— Quero a delícia de poder sentir as coisas mais simples!"



NEOLOGISMO

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.


POÉTICA

Estou farto do lirismo comedido
Do lirismo bem comportado
Do lirismo funcionário público com livro de ponto espediente protocolo e manifestações de apreço ao sr. diretor.

Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário o cunho vernáculo de um vocábulo.

Abaixo os puristas.
Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis

Estou farto do lirismo namorador
Político
Raquítico
Sifilítico
De todo lirismo que capitula ao que quer que seja fora de si mesmo.

De resto não é lirismo
Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes maneiras de agradar às mulheres, etc.

Quero antes o lirismo dos loucos
O lirismo dos bêbados
O lirismo difícil e pungente dos bêbados
O lirismo dos clowns de Shakespeare.

- Não quero saber do lirismo que não é libertação.

MULHERES
Como as mulheres são lindas!
Inútil pensar que é do vestido...
E depois não há só as bonitas:
Há também as simpáticas.
E as feias, certas feias em cujos olhos vejo isto:
Uma menininha que é batida e pisada e nunca sai da cozinha.

Como deve ser bom gostar de uma feia!
O meu amor porém não tem bondade alguma.
É fraco! Fraco!
Meu Deus, eu amo como as criancinhas...

És linda como uma historia da carochinha...
E eu preciso de ti como precisava de mamãe e papai
(No tempo em que pensava que os ladrões moravam no morro atrás de casa e tinham cara de pau)

ESTRELA DA MANHÃ
Nas ondas da praia
Nas ondas do mar
Quero ser feliz
Quero me afogar.

Nas ondas da praia
Quem vem me beijar?
Quero a estrela-d'alva
Rainha do mar.

Quero ser feliz
Nas ondas do mar
Quero esquecer tudo
Quero descansar.

SATÉLITE
Fim de tarde.
No céu plúmbeo
A lua baça
Paira.

Muito cosmograficamente
Satélite.

Desmetaforizada,
Desmitificada,

Despojada do velho segredo de melancolia,
Não é agora o golfão de cismas,
O astro dos loucos e enamorados,
Mas tão somente
Satélite.

Ah! Lua deste fim de tarde,
Desmissionaria de atribuições românticas;
Sem show para as disponibilidades sentimentais!

Fatigado de mais-valia,
gosto de ti, assim:
Coisa em si,
-Satélite.

NAMORADOS
O rapaz chegou-se para junto da moça e disse:
-Antônia, ainda não me acostumei com o seu corpo, com sua cara.
A moça olhou de lado e esperou.
-Você não sabe quando a gente é criança e de repente vê uma lagarta listrada?
A moça se lembrava:
-A gente fica olhando...
A meninice brincou de novo nos olhos dela.
O rapaz prosseguiu com muita doçura:
-Antônia, você parece uma lagarta listrada.
A moça arregalou os olhos, fez exclamações.
O rapaz concluiu:
-Antônia, você é engraçada! Você parece louca.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Teatro Realista : as personagens são comuns do cotidiano


Na segunda metade do século XIX, a Europa se vê sacudida de lés a lés por novos ventos políticos, científicos, sociais e religiosos: a Espanha proclama a república em 1868; a França a imita pouco depois; Vítor Manuel destrói os Estados Pontíficios em 1870; anos atrás desfazia-se a Santa Aliança, último reduto contra a expansão do Liberalismo. Lamark insistia na evolução dos seres por influência do meio; Darwin apregoava a mesma evolução pela seleção natural; Huxley aplicava as doutrinas transformistas ao próprio homem; Mendel descobria as leis da hereditariedade e começava-se desta maneira a gerar três visões filosóficas dos Cosmos, são elas: monista; materialista e animista, o termo ‘animismo’ foi criado pelo antropólogo inglês Sir Edward B. Tylor, em 1871, na sua obra Primitive Culture (A Cultura Primitiva). Pelo termo Animismo, ele designou a manifestação religiosa na qual se atribuiu que toda materia tem um ímpeto interior que adquire qualidade de consciencia.

A Revolução Francesa tinha conduzido ao apogeu a burguesia capitalista. Para maior desequilíbrio econômico, o motor de explosão e o elétrico lançam no desemprego milhares de braços. O proletariado começava a ser um fato alarmante. Engels e Carl Marx apontavam a solução comunista para a "questão social". Saint Simon, Proudhon, Fourier e outros preferiam o socialismo utópico. A luta de classes preparava-se para deixar na literatura o seu rastro de dor e sangue. O cristianismo histórico e racionalista curvava-se sobre as fontes do ceticismo. Harnach, Renan, Reinach e outros, sem negarem o fato cristão, desvirtuavam-no e procuravam explicá-lo através da fé puramente idealista.

Depois de 1850 os homens de letras constatavam que a Química, a Física, a Biologia, a Zoologia, a Botânica, para não falarmos da Matemática, que todas as ciências procuravam alicerçar-se em comprovadas certezas e que até os cultores da Arte se esforçavam por serem verídicos. Desta maneira, em todos os ramos do saber ia-se dizendo adeus à velhas teses, outrora admitidas sem discussão, mas agora arrumadas já como falsas.


O Realismo tinha sua força motriz no conjunto de doutrinas conhecidas tradicionalmente como Racionalismo, que é a corrente central do pensamento liberal e que se ocupa em procurar, estabelecer e propor caminhos para alcançar determinados fins. Esta escola artística surge no cenário em reação às excentricidades românticas, como: a fugacidade na idealização da paixão amorosa; a visão de mundo, como, método que descreve um consistente (em um grau variável) e integral sentido de existência. A passagem do Romantismo para o Realismo, corresponde uma mudança do belo e ideal para o real e objetivo.

O Realismo, na pintura, manteve-se dentro dos preconceitos acadêmicos, no que diz respeito à exatidão do desenho e ao perfeito acabamento do quadro. Os pintores realistas executavam, no exterior, breves esboços e apontamentos que trabalhavam, depois, de forma cuidada, nos ateliers. Os quadros realistas resultavam num instantâneo da realidade, como uma fotografia nítida, concreta e sólida.

A pintura realista começou por manifestar-se no tratamento da paisagem, que se despiu da exaltação e personificação românticas para se ater, simplesmente, na reprodução desapaixonada e neutra, do que se oferece à vista do pintor. Passou, depois, aos temas do cotidiano e os tratou de forma simples e crua.
Os quadros realistas causaram o maior escândalo. Acusaram-nos de agradar à arte, quer pelos temas banais, por vezes ofensivos, quer pelas cores excessivamente mortas (de bom gosto), quer pela falta de elaboração e conceptualização das composições. No entanto, para os seus defensores, a representação da realidade ‘em sensível’ era a última palavra em audácia artística.

A Pintura contou com grandes nomes como: Camille Corot, o pintor francês impulsionador do paisagismo realista; J.F. Millet, pintor rupestre francês, conhecido como pré-realista, por suas representações de trabalhadores rurais, estudiosos dizem que as obras de Millet, em nenhum momento suscitam indiferença na tepidez de seus ocres e marrons, no lirismo de sua luz, na magnificencia e dignidade de suas figuras humanas, estudiosos dizem que Millet manifestava a integração do homem com a natureza; Honoré Daumier, retratava a vida dura dos camponeses e do operariado cotidiano, os temas do pintor e cartunista francês eram os artistas em desgraça e as crianças na miséria, algo que o mobilizava de maneira singular, no entanto, os quadros de Daumier não visavam à emoção gratuita e os personagens conservam o tempo todo a dignidade humana; Gustave Coubert, para este pintor francês a verdade da realidade é o que importa, os homens de seus quadros não expressam nenhuma emoção e mais parecem parte de uma paisagem do que personagens, Coubert foi um verdadeiro entusiasta da pintura morta; Édouard Manet, pintor multifacetado que abriu a sua arte em novos horizontes, os temas deixaram de ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e em certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola, um consagrado escritor francês, considerado criador e representante mais expressivo da escola literária Naturalismo.

O Naturalismo foi um movimento que se iniciou com o Realismo, tendo varias características em comum e terminando na mesma época, com o surgimento do Parnasianismo, ou pré-modernismo. A diferença entre Realismo e Naturalismo consiste, entretanto, na temática: o Naturalismo trata de aspectos mais brutais e doentios, como assédio sexual, podendo ser considerado como o Realismo sem o seu caráter ideológico.

A literatura realista e naturalista surge na França com Flaubert (1821-1880) e Zola (1840-1902). Flaubert (1821-1880) é o primeiro escritor a pleitear para a prosa a preocupação científica com o intuito de captar a realidade em toda sua crueldade. Para ele a arte é impessoal e a fantasia deve ser exercida através da observação psicológica, enquanto os fatos humanos e a vida comum são documentados, tendo como fim a objetividade. O romancista realista fotografa minuciosamente os aspectos fisiológicos, patológicos e anatômicos, filtrando pela sensibilidade, o real.
A característica principal do movimento são os temas sociais (corrupção, pobreza) e um tratamento mais objetivo da realidade. A intenção desta escola literária era mostrar os piores aspectos da sociedade e deixá-los flagrantes. Os temas, opostos àqueles do Romantismo, não mais engrandeciam os valores sociais, mas os combatiam ferozmente. A ambientação dos romances se dá, preferencialmente, em locais miseráveis, localizados com precisão; os casamentos felizes são substituídos pelo adultério; os costumes são descritos minuciosamente com reprodução da linguagem coloquial e regional.

O romance, sob a tendência naturalista, manifesta preocupação social e focaliza personagens vivendo em extrema pobreza, descrevendo cenas chocantes. Como o movimento realista tem a função de crítica social, denuncia da exploração do homem pelo homem e sua brutalização, característica encontrada no romance de Aluísio de Azevedo, “O Mulato”.

A hereditariedade é vista como rigoroso determinismo, a que se submetem as personagens, subordinadas, também, ao meio que lhes moldam a ação, ficando entregues à sensualidade, à sucessão dos fatos e às circunstâncias ambientais. Além de deter toda a ação sob o senso do real, o escritor deve ser capaz de expressar tudo com clareza, demonstrando cientificamente como reagem os homens, quando vivem em sociedade.
Os narradores dos romances realistas/naturalistas têm como traço comum a onisciência que lhes permitem observar as cenas diretamente ou através de alguns protagonistas. Eles privilegiam a minucia descritiva, revelando as reações externas das personagens, abrindo espaço para os retratos literários e a descrição detalhada dos fatos banais numa linguagem precisa.

Outro tratamento típico, dos romances realistas/naturalistas é a caracterização psicológica das personagens que têm seus retratos compostos através da exposição dos pensamentos, hábitos e contradições, revelando a imprevisibilidade das ações e construção das personagens, retratadas no romance psicológico dos escritores realistas.
A desilusão com o fracasso dos ideais do liberalismo, a miseria das cidades, a crise da produção no campo, as más condições de vida da maioria da população, contrapostas aos privilegios da burguesia, explicam a substituição do idealismo romântico, desde o fim da primeira metade do século XIX, por uma visão mais objetiva e desiludida da realidade.

Uma das mais importantes obras do Realismo é a “Comédia Humana” de Honoré de Balzac, prolífico escritor francês, notável por suas agudas observações psicológicas. Balzac, foi o fundador do Realismo na literatura moderna. Esta magnum opus, “A Comédia Humana”, consiste de 95 romances, novelas e contos, que procuram retratar todos os níveis da sociedade francesa da época, em particular a florescente burguesia após a queda de Napoleão Bonaparte, em 1815.

“O Vermelho e o Negro” de Stendhal, “Carmen” de Prosper Merimée e “Almas Mortas” de Nikolay Gogol são obras literárias relevantes do movimento. Porém, a obra que marca o início do Realismo na literatura é “Madame Bovary” de Gustave Flaubert. Também merecem destaque as seguintes obras: “Os Irmãos Karamazov” de Fiódor Dostoiévski, “Anna Karenina” e “Guerra e Paz” de Leon Tolstói, “Oliver Twist” de Charles Dickens, “Os Maias” e “Primo Basílio” de Eça de Queiroz.

Numa conferência proferida no "Casino", o mestre da literatura portuguesa, Eça de Queirós, disse a respeito do Realismo: "É a negação da arte pela arte; é a proscrição do convencional, do enfático, do piegas. É a abolição da retórica considerada arte de promover a emoção, usando da inchação do período, da epilepsia da palavra, da congestação dos tropos. É a análise com o fito na verdade absoluta. Por outro lado, o Realismo é uma reação ao Romantismo: o Romantismo era a apoteose do sentimentalismo; o Realismo é a anatomia do caráter, é a crítica do homem. É a arte que nos pinta a nossos próprios olhos - para condenar o que houver de mau na nossa sociedade". E sobre os preceitos a seguir na nova escola, acrescentou o mesmo romancista: "A norma agora são as narrativas a frio, deslizando como as imagens na superficie de um espelho, sem intromissões do narrador. O romance tem de nos transmitir a natureza em quadros exatíssimos, flagrantes, reais".
Estas frases do autor de “Os Maias” são elucidativas. Abaixo,encontram-se as principais características do Realismo:
1. Análise e síntese da objetividade, da realidade, da verdade, em oposição ao subjetivismo e idealismo românticos;
2. Indiferença do "eu" subjetivo e pensante diante da Natureza que deve ser reproduzida com exatidão, veracidade e abundância de pormenores, num retrato fidelíssimo da realidade;
3. Neutralidade do coração e do espírito diante do bem e do mal, do vício e da virtude, do belo e do feio;
4. Análise corajosa dos aspectos baixos da vida, sobretudo dos vícios e taras, não os ocultando e chamando-os pelo seu nome;
5. Relacionamento lógico entre as causas (biológicas e sociais) do comportamento das personagens do romance e a natureza (exterior e interior) desse comportamento;
6. Admissão na literatura por temas cosmopolitas em vez dos nacionais e tradicionais dos românticos;
7. Linguagem clara, objetiva ao descrever concepções; uso de expressão simples em tom de desafeto, de modo que as ideias, sentimentos e fatos transpareçam sem esforço e sem convencionalismos (o oposto ao tom declamatório dos românticos).

O início do Realismo, em Portugal, foi um pouco turbulento. Isso se deve ao fato de Castilho, escritor romântico português, ser o mentor de grande parte dos literatos nacionais e não estar disposto a transigir com novidades que achava perigosas e condenadas a um desaparecimento próximo. Por outro lado, a mocidade de Coimbra, que considerava ultrapassado o didatismo do poeta cego, desvencilhou-se das redes em que o grupo de Lisboa a queria prender, e seguiu o seu caminho, a golpes de polêmica acesa e nem sempre calma.

Os discípulos de Castilho atacaram o escritor português, Antero de Quental e os moços de Coimbrã, por instigarem a revolução intelectual. Como resposta, Antero publicou os opúsculos “Bom Senso e Bom Gosto, carta ao Exmo. Sr. Antônio Feliciano de Castilho”, e “A Dignidade das Letras e as Literaturas Oficiais”. Esta questão entre os irrequietos seguidores de Quental ficou conhecida na história pelo nome de "Questão Coimbrã".

No Brasil do Segundo reinado (de 1840 a 1889), impera o conhecido "parlamentarismo às avessas", quando o Imperador D. Pedro II escolhe o senador ou o deputado para o cargo de primeiro-ministro, com a complacencia do Partido Liberal e do Partido Conservador, que se revezavam no poder, sempre seguindo os interesses da oligarquia agraria. No campo da economia, o Brasil, na metade do século XIX, ainda mantinha uma estrutura baseada no latifundio, na monocultura de exportação com mão-de-obra escrava voltada para o mercado cafeeiro.

Por volta da década de 1870, no entanto, as oligarquias agrarias, que até então "davam as cartas" na economia e na política do Brasil, sofreram pressões internacionais para o desenvolvimento do capitalismo industrial, no sentido de um processo de modernização que se dava lentamente. Inicialmente, pela proibição do tráfico negreiro cresce a mão-de-obra imigrante, desenvolve-se a industria cafeeira no interior dos estados de Minas Gerais e de São Paulo e, ainda, ferrovias foram construídas. Ao longo dos trilhos, concentram-se as fábricas que dão origem à classe media urbana, que se insatisfaz com a falta de representatividade política.

O Realismo, no Brasil, manifestou-se principalmente na prosa, em sua estética literaria. Os romances realistas tornaram-se instrumentos de crítica ao comportamento burguês e às instituições sociais. O Realismo e o Naturalismo estabelecem-se com o aparecimento, em 1881, da obra realista “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, e da naturalista “O Mulato”, de Aluísio de Azevedo, influenciados pelo escritor português Eça de Queirós, com as obras. O movimento se estende até o início do século XX, quando Graça Aranha publica “Canaã”, fazendo surgir uma nova estética: o Pré-Modernismo.

Além de “Memorias Póstumas de Brás Cubas”, Machado de Assis contribuiu para a literatura brasileira com outras grandes obras, como: “Quincas Borba” e “Dom Casmurro”. Estas três obras envolvem adultério e apresentam inúmeros temas sob uma ótica crítica e irônica, características marcantes do autor. “Memórias Póstumas de Brás Cubas” e “Dom Casmurro” destacam-se por serem narradas em primeira pessoa, pelo autor/personagem da trama, característica incomum no romance realista. “Esaú e Jacó” e “Memorial de Aires” figuram na fase filosófica e madura do autor, sendo, também, obras realistas.Também, destacavam-se os autores de “O Ateneu”, publicado pela primeira vez em 1888, por Raul Pompéia e foi a única obra impressionista na literatura brasileira e Visconde de Taunay, na literatura regionalista, com sua obra-prima, “Inocência”.

Alfredo Bosi assim descreve o movimento no Brasil: "O Realismo se tingirá de naturalismo no romance e no conto, sempre que fizer personagens e enredos submeterem-se ao destino cego das "leis naturais" que a ciência da época julgava ter codificado; ou se dirá parnasiano, na poesia, à medida que se esgotar no lavor do verso tecnicamente perfeito”. Ainda, segundo Bosi, o Realismo vindo da Europa com tendencias ao universal, acaba aqui modificado por nossas tradições e, sobretudo, pela intensificação das contradições da sociedade, reforçadas pelos movimentos republicanos e abolicionistas, intensificadores do descompasso do sistema social.

Neste contexto, o conhecimento sobre o ser humano amplia-se com o avanço da Ciencia e os estudos passam a ser feitos sob a ótica da Psicologia e da Sociologia. A Teoria da Evolução das Espécies, de Darwin, oferece novas perspectivas com base científica, concorrendo para o fortalecimento do Realismo.

E foi à partir das concepções inovadoras do naturalista, Émile Zola (1840 – 1902), que se propuseram a exploração da realidade nos textos artísticos e surgiram no cenario mundial varios teatrólogos que, buscavam preencher os vazios deixados por Aristóteles em sua Poética. Desta forma, nasceram varias teses teatrais que se propunham a criticar, analisar a sociedade pelo viés dramático e expor para o público não apenas uma peça de teatro, mas uma obra psicológica, filosófica, que buscava elaborar um conhecimento científico a respeito da realidade.


Foi no começo do século XX que o diretor começou a ser visto como o coordenador geral do espetáculo, cabendo a ele a supervisão dos atores, dos elementos cênicos, a escolha da peça a ser encenada e seu público alvo. A função do diretor é manter o equilíbrio de todos os elementos cênicos, preocupando-se com o ritmo do espetáculo, esclarecendo suas concepções a respeito da peça teatral e a forma de se abordar o tema.

Um dos mais aclamados artistas dessa época é o polêmico Marquês de Sade, que, com uma temática picante e extremamente ousada, rebelou-se contra os paradigmas sociais da burguesia francesa, tornando-se um serio problema para a corte do imperador, que mandou prendê-lo num sanatorio para não mais propagar suas magistrais e insanas obras. O sueco August Strindberg (1849 – 1912) foi autor dos primeiros dramas desse novo gênero, entre eles: “Senhorita Júlia” e “O Pai”

O norueguês Henrik Ibsen (1828 – 1906), inspirado na filosofia naturalista foi quem propôs pela primeira vez que certos traços realistas fossem inseridos nos teatro da época. Nicolai Gógol propôs o realismo nas concepções teatrais russas, sendo que essa prerrogativa foi aceita por Tchekhov trinta anos após a morte de Gógol.
Foi nos Estados Unidos, porém, que o Realismo, no teatro, viveu seus momentos áureos, com dramaturgos geniais, como Tennessee Williams e Arthur Miller, que condicionavam a cultura americana e o cotidiano de sua gente ao Realismo crítico.

No Teatro Realista o herói romântico, o índio, os deuses são trocados por pessoas comuns do cotidiano. Os problemas sociais transformam-se em temas para os dramaturgos realistas. A linguagem romântica sofisticada é deixada de lado e entra em cena as palavras comuns do povo. O primeiro representante desta fase é o dramaturgo francês Alexandre Dumas, autor de “A Dama das Camélias”. Outras importantes peças de teatro do realismo, são: “Ralé” e “Os Pequenos Burgueses” de Gorki; “Os Tecelões” de Gerhart Hauptmann e “Casa de Bonecas” do norueguês Henrik Ibsen.

A peça “A Dama das Camélias” (1852), de Alexandre Dumas Filho, conta a historia de uma cortesã que é regenerada pelo amor, dando ao público a constatação de um mundo real, observado, sem fantasiosas e lúdicas vivencias, e sim, do dia a dia que explica o comportamento das personagens apresentadas. A concepção realista de que o homem é fruto do meio começou a ser explorada no teatro francês e logo ganhou o mundo.

No fim do século XIX, surgiu a concepção do ator personalista, isso é, o ator que representa a força dramática do espetáculo teatral. Assim, as obras teatrais começaram a correr o mundo, tendo como grande objeto de marketing a fama e a credulidade de grandes estrelas, como o mito Sarah Bernhardt na França e o ator romântico João Caetano (1808 – 1863) no Brasil.

O teatro realista brasileiro foi intensamente influenciado pelo francês, o que acarretou em duas vindas de Sarah Bernhardt ao país. O teatro realista francês era composto por um grupo seleto de dramaturgos que buscavam descrever a vida nas ruas de Paris e buscar soluções para os problemas existentes, como a prostituição, tema abordado em “Les Filles de Marbre” (As Mulheres de Mármore), de Théodore Barrière e Lambert Thiboust, peça que busca racionalizar a vida social do país, além de sugerir um caminho considerado ideal para o combate do lenocinio.
Desses mesmos autores, as famosas peças “A Herança do Sr. Plumet” e “Os Hipócritas” estrearam no Rio de Janeiro em 1855, causando grande furor por parte do público, com o texto traduzido para o português. Nessa mesma década, passaram pelos teatros do Rio de Janeiro ainda as peças de: Feuillet, como “Dalila” e de Augier, como “As Leoas Pobres”. Ziembinski, que muito contribuiu para o teatro brasileiro, ficou famoso por adequar o realismo em seus espetáculos expressionistas.
Sobre Ziembinski, Décio de Almeida Prado elucidou, após ter assistido a peça Vestido de Noiva, de Nelson Rodrigues, montada pelo famoso diretor: “As cenas desenroladas no plano da alucinação são jogadas num estilo francamente expressionista, que viola deliberadamente a realidade, para conseguir maior efeito plástico e dramático, em contraste com as cenas de memoria, já mais próximas do quotidiano, e, ainda mais, com as cenas no plano da realidade, que chegam até o naturalismo perfeito...”.

No Brasil as peças retratavam a realidade do povo brasileiro, Machado de Assis escreve “Quase Ministro” e José de Alencar destaca-se com “O Demônio Familiar”. “Luxo e Vaidade” de Joaquim Manuel de Macedo também merece destaque. Outros escritores e dramaturgos que podemos destacar, são: Artur de Azevedo, Quintino Bocaiúva e França Júnior.

O autor realista, Machado de Assis, que, aos vinte anos de idade, escrevia num jornal de grande circulação do Rio de Janeiro lançou “Idéias Sobre Teatro”, onde criticava abertamente o Romantismo e referia-se ao Realismo com grande admiração, defendendo um encontro maior da massa com o teatro, argumentando que o teatro não deveria ser somente um objeto de entretenimento e sim um local para ampla discussão a respeito das questões sociais do país: “O teatro é para o povo o que o Coro era para o antigo teatro grego, uma iniciativa de moral e civilização”, elucidou o escritor.

A obra de Pinheiro Guimarães “História de uma Moça Rica” resgatou a razão dentro do processo naturalista, endossando que o homem é fruto de seu meio. O detalhe é fundamental nas concepções realistas, além da visão do homem como um ser comum, ou seja, parte da natureza. A crítica é uma marca das obras realistas, que abordam os temas de maneira sempre objetiva, buscando ao máximo elucidar o receptor.

O Realismo no Brasil, porém, seria desnudado no auge do modernismo, que trouxe uma visão mais democratizada de sua gente, quebrando com os padrões estéticos europeus característicos no Realismo.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Teocentrismo X Antropocentrismo


O Humanismo pode ser definido como um conjunto de ideais e principios que valorizam as ações humanas e seus valores morais, bem como: respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc. Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores.

Este movimento intelectual desenvolveu-se e se manifestou em diversos momentos da historia, bem como em varios campos do conhecimento e das artes. O pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso, que afirma que Deus é o criador dos valores morais.

O Humanismo na antiguidade clássica, Greco- Roma, que se origina no século XIV, na Península Itálica, especialmente em Florença, Roma e Veneza, manifestou-se principalmente na filosofia e nas artes plásticas. As obras de arte, por exemplo, valorizavam muito o corpo humano, Michelangelo, foi um dos principais artistas da época, ele manifestou esta característica em obras sacras,formulando uma nova concepção sobre a vida humana. Na literatura destacaram-se os artistas italianos: Dante Alighieri; Francesco Petrarca e o Giovanni Boccaccio.

No Humanismo do Renascimento, nos séculos XV e XVI, os escritores e artistas plásticos renascentistas resgataram os valores humanistas da cultura greco-romana, daí nasceu o Antropocentrismo, movimento o qual dizem que o Homem é o centro de tudo, este movimento norteou o desenvolvimento intelectual e artístico do movimento humanista.

O Positivismo, influenciado pelo Iluminismo, desenvolveu-se na segunda metade do século XIX. Esta concepção valorizava o pensamento científico, destacando-o como única forma de progresso. Auguste Comte foi o principal idealizador deste movimento.

O Humanismo foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento, acontecido entre os sécs. XIV ao XIX. Foi um enorme movimento, afirmando que o homem passa a encarar-se como Ser Humano e não mais como a imagem de Deus. Por isso a Igreja católica, nesta época, começa a perder o monopolio intelectual.

Todo processo de mudanças gera efeitos culturais, esta corrente intelectual, o Humanismo, fez todas as Artes expressarem-se através de novas partículas, que apareceram com a visão do EU. Este fenômeno, empregado nas pinturas, nos poemas e nas músicas da época com a intenção de aproximá-los do Homem, retratando o Ser Humano em sua formação psicológica é denominado Antropocentrismo.

Os humanistas acreditavam que a realidade não é estática, mas dialética, ou seja, está em constante transformação devido a sua incongruencia interna. Os humanistas criticavam a base material, ou econômica, da sociedade que constituía, uma "infraestrutura" exercendo influencia direta na "superestrutura", como as instituições jurídicas, políticas (as leis, o Estado) e ideológicas (as artes, a religião, a moral).

Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Com o surgimento desta classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo mudaram-se de lá e como conseqüencia o regime feudal de servidão desapareceu. O “status” econômico passou a ser muito mais valorizado do que o título de nobreza.

No teatro foi onde as manifestações literarias ficavam mais fáceis serem percebidas, teve como representante o autor português, Gil Vicente. Provavelmente nascido em 1465, Gil Vicente foi poeta, dramaturgo, encenador,ourives e organizador de festas palacianas do tempo da rainha Dona Leonor.

A estrutura das peças de Gil Vicente foi desenvolvida a partir do teatro medieval, uma vez que o teatrólogo português defendia valores religiosos. No entanto, alguns textos apontam para uma concepção humanista, assumindo, desta forma, posições críticas à Igreja Católica. O autor português humanista preocupou-se em retratar o homem na sociedade, criticando-lhe os costumes com um principio de moral.

A primeira peça de Gil Vicente foi o ''Monólogo do Vaqueiro'', o tema era o nascimento do filho de Dona Maria e Dom Manuel (1502). Este autor humanista ainda escreveu autos, farsas, peças religiosas e profanas, seus textos revelam conhecimento literario e suas obras caracterizam-se por constituir uma galeria de tipos, bem como paineis alegóricos, humor e crítica social. Somando são mais de 40 peças.

A obra de Gil Vicente pode ser dividida em 2 blocos, são os Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião. “Auto da alma” e “trilogia das barcas” são obras primas e as Farsas: peças cômicas curtas com enredo baseado no cotidiano,“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa de Inês de Castro”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são algumas obras dele.

Estudiosos, recentes, preferem considerar os seguintes tipos: autos de moralidade, autos cavaleirescos e pastoris, farsas e alegorias de temas profanos. No entanto, é preciso lembrar que, por vezes, na mesma peça de Gil Vicente encontram-se elementos característicos de varios desses gêneros.

Na literatura Humanista, a poesia se destaca com a obra “O Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época, publicada em 1516, pelo escritor português Garcia de Resende. O “Cancioneiro Geral” resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.

Na Prosa, as Crônica registravam a vida das personagens e acontecimentos históricos. Fernão Lopes, foi o mais importante cronista daquela época, considerado o “Pai da Historia de Portugal”. Foi também o primeiro cronista que atribuiu, ao povo, um papel importante nas mudanças da historia, essa importancia era anteriormente atribuída somente à nobreza.

As personagens das crônicas de Fernão Lopes são "redondas" ou complexas e têm vida, na medida em que agem e falam. Proporcionalmente, elas revelam-se pelos seus atos e o cronista elabora-lhes um "retrato", caracterizando-as física e psicologicamente. No entanto, ao longo do texto, Fernão Lopes, não faz muitas introspecções, sendo muito direto. O autor se Coloca na maioria das vezes ao nível do leitor, em termos de conhecimento, analisando as personagens/protagonistas através das falas e atitudes delas.

Dividi-se os protagonistas das crônicas de Fernão Lopes em duas categorias: os protagonistas coletivos, que são o povo, unido e que age pela força e os protagonistas individuais, nos quais o cronista aplica a caracterização direta, são eles: D. Pedro; D. Fernando; D. João I; D. Nuno; D. Leonor Teles; D. Maria Teles.

As crônicas de Fernão Lopes transbordam de visualidade, ao ler as crônicas dele, ‘entra-se’ no mundo que ele relata, a característica principal do autor é vivificar as personagens fazendo o leitor sentir o que sente as personagens: os seus medos, as angustias, as suas alegrias, a revolta, o seu regresso ao passado etc.

Ao escrever o realismo descritivo nas crônicas, Fernão Lopes descreve os acontecimentos como se pintasse um quadro, vai até pequenos pormenores descrevendo o retrato e a paisagem, revelando um apurado sentido de observação: "homens e moços esgaravatando a terra, e se achavam alguns grãos de trigo, metiam-nos na boca, sem tendo outro mantimento".

Fernão Lopes adota em suas crônicas uma simplicidade lingüística que a todos atrai, são elas: Crónica del Rei D. Pedro; Crónica del Rei D. Fernando; Crónica del Rei D. João; Crónica de D. Afonso IV; Crónica de D. Afonso III ou de D. Sancho II e a Crónica do Conde D. Henrique. Embora a obra não seja extensa, a Crónica de D. João I, é considerada a obra-prima de Fernão Lopes.

É neste contexto que surge o mestre realista da literatura brasileira, Machado de Assis, com seu estilo irônico de criticar os costumes da sociedade, como: carencia de sentido da vida no cosmo; a visão da especie humana como imprevisto de emergir de bolhas à tona do fluxo incessante e contraditorio da natureza; a compreensão de que “todas as coisas são magníficas de ver, mas temíveis de ser”,ou “a dor e o tédio como sendo os dois inimigos da felicidade humana”.

Curiosidade. Esta é a força criadora dos humanistas, sim, amigos, é a dúvida que evolui o mundo!!

beijoss
Dani ;)

sábado, 2 de abril de 2011

Centro Cultural Rinha das Artes



Hoje, dia 02 de Abril, fiz minha primeira aula no Centro Cultural Rinha das Artes, que é um espaço alternativo para interessados em aprender arte. Este projeto tem a parceria da prefeitura da cidade de Macaé e do Ponto de Cultura do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Programa Mais Cultura do Governo Federal. A coordenação do espaço é do Grupo Teatral Acto e conta com parceria das instituições Usina de Fomento Cultural e Sociedade Musical Macaense, sob coordenação de Fátima Jorge.
O papel do Rinha das Artes é difundir a arte em geral, eu me matriculei no curso livre de teatro e de dança contemporanea, que ainda não comecei.
Lá no prédio do Centro Cultural Rinha das Artes encontrei muitas pessoas que, como a mim, amam esta arte de interpretar e também a dança. A Rinha das Artes é um lugar maravilhoso onde eu me senti acolhida, lá eu posso testar minha voz, conhecer pessoas, desenvolver a prática de falar um texto a uma plateia, concentrar-me, entender, aprender com os outros, construir, desconstruir, posso aprender, também, partitura corporal, segmentação do movimento, história da arte, além de muitas outras coisas, posso fazer amizade, como fiz a mais nova amiga minha, Humbelina, que é uma figuraça com suas caretas engraçadíssimas, ela é ótima comediante!
O teatro é meu hobby, com ele me descubro, descubro um novo texto, uma nova forma de pensar e de viver.
Então é isso, amigos, Vida é Arte! Arte é vida!
Beijo
Dani
;)

terça-feira, 29 de março de 2011

O poder do Pensamento Iluminista

No século XII, o empirismo inglês desembocou no Iluminismo. Haja vista que empirismo é uma doutrina filosófica que defende a ideia de que somente as experiencias são capazes de gerar conhecimentos, como afirma o filósofo Descartes com a célebre frase: “Penso. Logo existo.”

O iluminismo defendia o domínio da razão sobre a visão teocêntrica que dominava a Europa desde a Idade Media. Este pensamento, entendido como movimento filosófico, sustenta a racionalidade do mundo natural com o mundo humano e corresponde a uma experiencia fundamental para a ciencia, uma vez que os iluministas defendiam que o pensamento racional deveria ser levado adiante substituindo as crenças que, segundo eles, bloqueavam a evolução do homem.

Para os filósofos iluministas, o homem era naturalmente bom, porém, era corrompido pela sociedade com o passar do tempo. Os filósofos acreditavam que se todos fizessem parte de uma sociedade justa, com direitos iguais a todos, a felicidade comum seria alcançada. Por esta razão, os iluministas eram contra as imposições de caráter religioso, contra as práticas mercantilistas, contra ao absolutismo do rei, contra os privilégios dados à nobreza e ao clero.

A apogeu deste movimento foi atingido no século XVIII e passou a ser conhecido como o ‘Século das Luzes’. O Iluminismo forneceu boa parte do fomento intelectual de eventos políticos que se revelariam de extrema importância para a constituição do mundo moderno, tais como: a Revolução Francesa sob o lema, Liberdade, igualdade e fraternidade; a Independência das colônias inglesas na América do Norte e a Inconfidência Mineira.

A Inconfidencia Mineira foi a primeira grande revolta pró-independencia do Brasil, tinha como líder Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Ele nasceu em 1746, na Vila de São Jose Del Rei, atual cidade de Tiradentes, Minas Gerais (muito charmosa a cidade de Tiradentedes!), porém foi criado na cidade de Vila Rica, atual histórica cidade de Ouro Preto, MG. O Alferes Tiradentes entrou em contato com as ideias iluministas através do militarismo que era engajado, acreditava no homem bom motivo que o entusiasmou e inspirou o movimento pela libertação do país.

No Brasil, podem-se considerar como "iluministas" diversos dos intelectuais que participaram de revoltas anticoloniais no final do século XVIII, como o poeta mineiro Cláudio Manoel da Costa e o poeta luso-brasileiro Tomás Antônio Gonzaga. Estes escritores conviviam com ideários do Iluminismo na época e expressaram em seus poemas a preocupação em atenuar as tensões e racionalizar os conflitos.

Ainda no Brasil, por influencia do movimento iluminista, aconteceram outras decisões muito importantes como: a extinção das capitanias hereditarias; a proibição de outras linguas e dialetos, sendo apenas permitido o uso do português e a mudança da capital da colonia de Salvador para Rio de Janeiro.

O Iluminismo exerceu vasta influência sobre a vida política e intelectual da maior parte dos países ocidentais como exemplo: a criação e consolidação de estados-nação; a expansão de direitos civis e a redução da influência de instituições hierárquicas, como a nobreza e a igreja. Associam-se ao ideario iluminista o surgimento das principais correntes de pensamento que caracterizariam o século XIX, a saber: liberalismo, socialismo, e social-democracia.

Isaac Newton, (1643 — 1727 - Londres) foi um dos principais precursores do Iluminismo. Newton foi cientista, físico, matemático, astrônomo, alquimista, filósofo natural e teólogo. Este cientista inglês criou o binômio de Newton, fez ainda outras descobertas importantes para a ciência, são elas: o teorema binomial, o cálculo, a lei da gravitação e a natureza das cores.

Neste contexto, também floresce a concepção de ciência oculta, isto é a Alquimia. Esta ciencia aparece na primeira fase do Iluminismo, que foi marcado por tentativas de importação do modelo de estudo dos fenômenos físicos para a compreensão dos fenômenos humanos e culturais. A alquimia é uma arte filosófica que busca ver o universo de uma outra forma, experimentando e encontrando nele o aspecto superior, incluindo para isso, além de elementos quimicos e físicos, diversos elementos místicos, filosóficos, metafóricos e também uma linguagem simbólica e interpretativa.

Ainda, entre os alquimistas, há uma ideia de criar a vida humana de modo artificial. O homúnculo (do latim, homunculus, pequeno homem) seria uma criatura de aproximadamente 12 polegadas de altura que poderia ser criada através de sêmen humano colocado em uma retorta totalmente fechada e aquecida em esterco de cavalo durante 40 dias. Assim, se formaria um embrião.

A alquimia pode ser considerada uma das experiencias mais antigas da história da humanidade, devido a ela originaram-se diversas outras, inclusive a química contemporânea. Possivelmente, o filósofo suiço Paracelso (1493 - 1541), foi o primeiro alquimista a divulgar este conceito.

No livro do, também médico e alquimista, Paracelso diz: "toda natureza invisível se movimenta através da imaginação. Se a imaginação fosse forte o suficiente, nada seria impossível, porque ela é a origem de toda magia, de toda ação através da qual o invisível (de um ou outro modo) deixa seu rastro no visível. A energia da verdadeira imaginação pode transformar nossos corpos, e até influenciar no paraíso...". Além disso, o médico suíço reconheceu que a fé fortalece a imaginação e disse: “O homem não está na natureza; ele é da natureza.”

Porém, é provável que a verdadeira intenção dos alquimistas era promover uma profunda mutação na alma e na natureza humana. Este objetivo fica camuflado sobre fórmulas químicas e simbologias complexas.

No teatro moderno, o alemão Gotthold Ephraim Lessing, (1729–1781), dramaturgo, crítico de arte e filósofo foi um dos principais nomes da época. O autor alemão é conhecido também por sua crítica ao anti-semitismo. Lessing, nos seus escritos sobre filosofia e religião, defendeu que os fiéis cristãos deveriam ter o direito à liberdade de pensamento. Suas peças e seus escritos teóricos exerceram uma influência decisiva no desenvolvimento da literatura alemã moderna, da qual é considerado fundador e devido a ela abriria caminho para o drama social-realista que atingiria o auge no século XIX. Este escritor foi considerado como um dos maiores representantes do Iluminismo.

As críticas dramatúgicas de Lessing encontram-se reunidas na obra Hamburgische Dramaturgie, (1767-69), em que ataca o formalismo neo-classicista e o domínio do teatro francês nos palcos alemães. Critica as tragedias de Voltaire e louva Shakespeare. Foi Lessing quem primeiro enfatizou que cada arte deve estar sujeita à condições específicas e que esta arte poderia alcançar resultados mais produtivos caso se limitasse à sua função específica.

Vamos, amigos, pensar e produzir resultados importantíssimos para o mundo e para nós mesmos através de experimentos metafísicos, químicos, matemáticos, (auto)interpretativos, etc, como faziam os sapientíssimos pensadores iluministas?

Beeeijo

Dani
;)

sábado, 19 de março de 2011

Impressionismo: A arte da percepção



A palavra Impressionismo originou-se inspirada na tela Impressão, Sol Nascente, 1872, do pintor francês, Claude Monet (1840 - 1926). O pintor impressionista pintava a intensidade do momento através das cores. Desde a renascença, o Impressionismo foi o viés mais revolucionario da arte, atualmente reconhecido como o mais rico, o mais belo, o mais completo, o mais inovador e extraordinario movimento do século XIX.
A identidade do Impressionismo não está apenas no estilo e na técnica pictórica, mas constitui uma nova atitude do artista frente ao espetáculo natural. O artista é agora aquele que representa as impressões exteriores com os nervos exaltados do homem moderno, descrevendo as sensações súbitas e sempre efêmeras e também a vitória definitiva da tendência dinâmica sobre a imagem estática do mundo medieval.

A preferencia pelo registro da experiencia contemporanea, a observação da natureza com base em impressões pessoais e sensações visuais imediatas também são características comuns na pintura impressionista. Monet, utilizava pinceladas soltas para destacar a luz e o movimento, ele buscava retratar, em suas telas, os efeitos da luz do sol sobre a natureza, na forma de pontos com contornos claro-escuros, aproveitando ao máximo a luminosidade natural, por isso o artista pintava ao ar livre para que pudesse capturar todas as nuances da luz natural.

O artista impressionista explorava os contrastes e a claridade das cores, resplandecendo a ideia de felicidade e harmonia, substituida pela reprodução do ato subjetivo da percepção, em outras palavras, a pintura representa aquilo que o pintor via e não o que ele conhecia, as figuras não tinham contornos nítidos e o preto, usado abundantemente no Barroco, no Impressionismo não era utilizado, nem mesmo nas sombras, que são luminosas e coloridas.
Em suas obras, Monet enfatizava a capacidade que a luz solar tem em modificar todas as cores de um ambiente, o pintor representava, livremente, qualquer aspecto da realidade, obedecendo unicamente aos seus sentimentos, conforme a verdade visível das coisas e o sentimento lírico por elas provocado, cuja catarse impressiona observadores apaixonados pela inexorável beleza do mundo.

O Impressionismo foi um fenômeno da arte pictórica, através das cores, pela técnica da mistura ótica, ou seja, as cores se formam na retina do observador e não pela mistura de pigmentos. Sobre este método de pintura pode-se observar o diálogo das teorias físicas como as do físico Chevreul, que trata o método das cores serem justapostas e não entre mescladas, deixando à retina a tarefa de reconstruir o tom desejado pelo pintor, combinando as diversas impressões registradas na tela.

Abraçoss
Dani ;)

segunda-feira, 14 de março de 2011

Simbolismo a Escola do Misticismo


O homem místico busca um contato direto com a realidade, ele procura a presença do Ser Supremo e Real ou do inefável e incognoscível em si mesmo, este homem encontra-se nas profundezas de seu Ser e, desta forma, percebe todas as coisas como sendo parte de uma infinita e essencial Unidade de tudo o que existe, pois, para ele tudo é um espelho o qual pode refletir a perfeição divina.
A partir de 1881, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em geral, influenciados pelo misticismo - advindo do grande intercambio com as artes, pensamentos e religiões orientais - procuram refletir em suas obras sensações que viriam marcar definitivamente os adeptos desta corrente literaria, o Simbolismo.

Simbolismo é uma tendencia literaria da poesia e outras artes e surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da época vigente. O movimento simbolista durou aproximadamente até 1915, época em que se iniciou o Modernismo.

Pode-se dizer que o precursor do movimento simbolista, na França, foi o poeta francês Charles Baudelaire, (1821 — 1867). Ele foi um poeta e teórico da arte francesa. A obra "As Flores do Mal", (Les fleurs du mal), escrita pelo artista em 1857, reunem, de modo exemplar, 100 poemas divididos em ciclos. O poeta relata numa carta que “neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu odio”. Esta obra foi duramente acusada de obscenidade pela censura. Baudelaire também escrevia com base em teorias de Edgar Allan Poe.

Ao pintor simbolista não bastava pintar a realidade e sim demonstrar na tela a essencia sentimental das personagens. Os simbolistas enfatizavam o imaginario e a fantasia, eles queriam algo a mais para interpretar a realidade. No Brasil, o movimento simbolista influenciou a obra de Eliseu d'Angelo Visconti, (1866, 1944), um pintor e designer ítalo-brasileiro, ativo entre os séculos XIX e XX, foi considerado um dos mais importantes artistas brasileiros do período simbolista. A tela "Recompensa de São Sebastião" é um exemplo da influencia simbolista nas artes plásticas no Brasil,esta tela recebeu medalha de ouro na Exposição Universal de Saint Louis, em 1904. Outro importante pintor simbolista brasileiro é Rodolfo Amoedo.

No Simbolismo português os nomes de maior destaque são os escritores: Camilo Pessanha, António Nobre, Augusto Gil, Eugénio de Castro e Cesário Verde. No Brasil, o simbolismo teve início em 1893, com a publicação das obras “Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Sousa que foi o principal poeta simbolista brasileiro. Cruz e souza usava temas místicos, espirituais, ocultos, considera-se o fato de o poeta preferir as palavras nevoa, neblina e palavras do gênero, transmite a ideia de uma obsessão pelo branco - outra característica do simbolismo - podemos observar nos versos:
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras..."

Outro autor que se destacou, no simbolismo brasileiro, foi o poeta mineiro Alphonsus de Guimaraens. Ele escrevia poesia marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. O poeta mineiro fez sonetos com estrutura clássica e são profundamente religiosos e sensiveis, na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão, do sonho e da inadaptação ao mundo.

Um dos principios básicos dos artistas simbolistas era sugerir através das palavras, gestos e pinturas e não nomear objetivamente os elementos, como fazia a escola literaria Realismo. Os simbolistas se valiam da intuição e não da razão ou da lógica, preferiam o vago, o abstrato, o indefinido ou impreciso.

São também escritores simbolistas brasileiros que merecem atenção: Raul de Leoni, Emiliano Perneta, Da Costa e Silva, Dário Veloso, Arthur de Salles, Ernãni Rosas, Petion de Villar, Marcelo Gama, Maranhão Sobrinho, Saturnino de Meireles, Pedro Kikerry, Alceu Wamosy, Eduardo Guimarães, Gilka Machado e Onestaldo de Penafort.

No teatro destacam-se: o belga Maeterlinck, o italiano Gabriele D'Annunzio e o norueguês Ibsen, eles caracterizam-se por levarem ao palco não personagens propriamente ditas, mas as alegorias de forma a representar sentimento e ideias em peças onde o cenario (som, luz, ambiente, etc.) tenham maior destaque.

Bom, meus caros amigos, então podemos buscar nuances destes genios artistas simbolistas, tão enigmáticos e tão sonhadores para aplicarmos na nossa vida, no nosso dia a dia, na nossa arte pessoal!!




beeeijo;)

Dani

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Versos

Viver
Acorde! Veja o dia lá fora
Sinta-se viva!
Podemos ser felizes agora
e em qualquer momento.
Coisas agradáveis acontecem
se estiverem em nosso pensamento.
Não se prive das emoções permitidas
caso contrario ficará solitária
num mundo de ilusões perdidas.
Tenha coragem, tenha fé
não tenha medo de ser quem realmente é.
Encontre sua felicidade
Não espere que ela bata à porta
Você errará algumas vezes
contudo ser do bem é o que importa.

Anoitece
Ar parado folhas imóveis
Barulho da vida silenciosa
Não é dia não é noite
É a hora do crepúsculo misteriosa
A hora mais nostálgica do dia
Deixa-me ansiosa pelo rito de passagem
Recolho-me em meus pensamentos
Preparo-me para a aprendizagem
Tento não pensar em nada
Concentro-me respirando
Observo o dia indo
E a noite começando

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Personagens da minha vida


Hoje eu me diverti muito com um musical infantil, o espetáculo NO TRIÊRO DOS MENINOS CANTIGAS E CAUSOS. Estava bom demais! Curti o tempo que passei ali, no teatro, com minha amiga Carol, na plateia eu ri, cantei, bati palmas, vi as personagens, cada uma com uma personalidade diferente, o Catingueira, com seu violão plangente, a faceira Violeta, a graciosa menina de fita, o gente boa do palhaço Massaroca.
Personagens que existiam, ali, naquele momento, por causa do artista que empresta o corpo para criá-las, ele cria qualquer uma, podendo ser excêntrica, exótica, engraçada, dramática, irônica, cantora, palhaço, ursinho, garoto novo, menina legal, mulher bonita, o monstro, o anjo, o mendigo etc, etc, etc.
Eu aaamo teatro! Gosto de ver e gosto de experimentar a emoção de ser outras pessoas, isto é, interpretando. Bom, falo isso porque recentemente personifiquei a prostituta Geni, da obra: Toda nudez será castigada, texto de Nelson Rodrigues, ela era insossa, e também fiz a persona Lisístrata, Da obra: Lisístrata; A Guerra dos Sexos, do teatrólogo grego Aristófanes, Lisístrata estava debochada...
Bem, meus amigos, sei que meu currículo de interpretações é bem pequeno,preciso aprender outras, entretanto têm mais duas personagens que fiz, para somar a esta humilde lista, as fiz na faculdade de Letras, em Minas Gerais, era para um trabalho de literatura brasileira: Fiz o poeta, romântico Casimiro de Abreu, ele era bêbado e doente, e fiz a meretriz Hilda furacão, ela era apaixonada pelo padre.
Sei que isto é apenas o começo de uma extensa lista de personagens que quero interpretar, ainda nesta vida, no momento faço curso livre de teatro, sem outras personagens em vista por ora, agora serei somente eu, Dani a curiosa, a esposa, a desastrada, a professora, a aluna de musculação,a ingenua, a aluna de dança do ventre, a que fala sem pensar, a que chora à toa e em filmes, a inquieta, a questionadora, a chata, a que erra, a amiga, a filha...
Gosto de fortes personagens, elas enriquecem minha vida, dando-me o prazer de conhecê-las tão a fundo, a ponto de ver os seus nuances, conotações, entonações, posturas, pensamento, sentimentos... isto é loucura?!
Não, não. É arte!

Beijooo
Dani

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As diversas relações do homem com o meio ambiente

O homem sempre interagiu na natureza, desde quando ele tinha o meio ambiente como sua moradia. Logo formando sociedades em torno de seus rios, fato que pode ser observado nas grandes cidades que foram construidas próximas a grandes rios ou lagos, como Londres, rio Tâmisa, Paris o rio Sena, Roma o Tigre e São Paulo o rio Tietê.
Define-se o meio ambiente como quatro pontos de abordagens: o natural, a cultura, o urbano e o trabalho. Este informe privilegia espaços como o meio ambiente natural, pois é neste meio que há uma maior identificação do homem com a natureza, por se tratar diretamente com elementos como a flora e a fauna, também a atmosfera, água, solo, subsolo, os elementos da biosfera, bem como os recursos naturais.
É sabido que as sociedades cresceram, progrediram, estes fatores colaboraram para intensos desmatamentos e degradações da natureza, o que resultou em catástrofes ambientais. Outros casos de degradação ambiental foram as guerras que contribuiram e contribuem para a “supressão de culturas, a imposição de regras, a aniquilação de espécies e o massacre de populações”. (TRENNPOHL, 2007, p. 23)
Com base em Trennepohl (2007), os povos medievais organizaram uma sociedade que não ultrapassava as fronteiras estabelecidas, a fim de que os recursos naturais fossem preservados, eles visavam apenas a propria subsistencia. Sobre os costumes de preservação ecológica da Idade Média manteve-se somente o mundo espiritual, porém a preservação ambiental foi esquecida gradativamente.
O maior fornecedor dos produtos que o homem utiliza é a própria natureza, uma vez que ela provê o ser humano de todos os alimentos, além, do ar para respirarmos. Um enorme crescimento de bens materiais veio a ocorrer no século XVIII, acelerando a destruição da natureza pela exploração, a ponto de pôr em risco a sustentabilidade natural.
Sobre pôr em risco a sustentabilidade do meio ambiente de forma degradante os autores Bahia e Sampaio, citando Boff, relatam que:
Desde o começo da industrialização, no século XVII, a população mundial cresceu 8 vezes, consumindo mais e mais recursos naturais; somente a produção, baseada na exploração da natureza, cresceu mais de cem vezes. O agravamento deste quadro com a mundialização do acelerado processo produtivo faz aumentar a ameaça e, consequentemente, a necessidades de um cuidado especial com o futuro da Terra (2005, p. 84)

Portanto o desenvolvimento de atitudes pessoais, como preservar, e de processos coletivos podem desenvolver curiosidades e uma interação homem/natureza, de forma que o individuo auxilie a natureza no processo de renovação cíclica, sem atrapalhá-la e sem degradá-la.
As atividades físicas na natureza podem se configurar como um excelente mecanismo para estabelecer uma relação de respeito com o meio ambiente, este sentimento pode ser compreendido por Costa (2000) como uma hierofania. A autora explica que hierofania é uma relação que trata os objetos naturais que rodeiam o homem como coisas sagradas para ele, neste sentido ela relata que:
Ao dotarmos uma pedra ou uma montanha (mundo natural) de manisfetações sagradas, ela deixará de ser vista como pedra ou montanha, mas passará a ser revelada como sagrada [...]” ( p. 45)

Para acontecer esta relação, o sujeito tem que estar “tendido para”, ou melhor, você tem que estar disposto a colaborar com o meio, fazer algo de satisfatório para ele sem prejudicar ninguém ou nada por isto.
Essa disposição, em querer realizar algo de prazeroso, pode ser percebida, também, quando o individuo se interage com o meio ambiente, aprendendo novas vivencias, por conseguinte novos saberes, como simplesmente observar ao seu redor numa paisagem bucólica.

Beijoo
Dani

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A Cultura, a Educação e a Socialização: Fatores de humanização.

A palavra Cultura se originou da palavra latina colere cujo significado é cultivar. Segundo o antropólogo britânico, Edward B. Tylor “a cultura é aquele todo complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e aptidões adquiridos pelo homem como membro da sociedade”.
Em Roma no Latim, o antepassado etimológico (etmologia é o estudo da acepção original do termo) da palavra Colere tinha a interpretação de ‘Agricultura’, referindo-se ao cultivo da terra para produção de especies vegetais uteis ao consumo do homem.
Varios cientistas definem Cultura associada, comumente, a altas formas de manifestação artística e/ou técnica da humanidade. De acordo com o antropólogo, Ralph Linton, “como termo geral, cultura significa a herança social e total da humanidade, assim, cultura como um todo compõe-se de grande número de culturas, que manifestam as características dos indivíduos nas sociedades”.
Cultura é criação! É um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que confere sentido à vida dos seres humanos. O homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovem a cada dia.
Como afirmam os sociólogos ‘o homem só se torna homem porque vive em grupo, contendo formas de organização, costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivencia e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo’.
Alguns traços da cultura se perdem outros se adicionam, em distintas velocidades nas diferentes sociedades. Três mecanismos básicos permitem esta mudança cultural: a invenção ou introdução de novos conceitos; a difusão de conceitos a partir de outras culturas e, o mais importante, a descoberta definida como um tipo de mudança cultural originado através da revelação de algo desconhecido.
Neste âmbito, os professores se fazem necessarios pela linda arte de ensinar! A educação engloba os processos de ensinar e aprender, é um fenômeno observado em qualquer sociedade e nos grupos constitutivos destas.
A educação é responsável pela manutenção da sociedade a partir da transposição de ideias às gerações que se seguem e dos modos culturais de ser, estar e agir que são aspectos necessarios à convivencia e ao ajustamento de um membro no seu grupo. A educação sofre mudanças, das mais simples às mais radicais, conforme o grupo ao qual ela se aplica e se ajusta na forma considerada padrão para a sociedade, como as escolas por exemplo, haja vista que o processo de aprendizado não ocorre necessariamente somente na escola, mas também no dia-a-dia, na informalidade, no cotidiano do individuo.
A escola é o espaço de transmissão de culturas específicas. Então o professor é o responsável pela funcionalidade de uma sociedade, fenômeno quando ocorre qualquer forma de aprendizado passado de um individuo a outro, este processo pode também ser chamado de socialização.
Para o processo de socialização existe uma cultura escolar primária onde a criança aprende e interioriza a linguagem, as regras básicas da sociedade, a moral e os modelos comportamentais do grupo a que se pertence. A socialização primaria tem um valor primordial para o individuo e deixa marcas muito profundas em toda a vida, já que é nesta etapa que se constroi o primeiro mundo do individuo.
Existe também, na cultura escolar, a socialização secundaria,que é todo e qualquer processo subsequente que introduz um individuo já socializado em novos setores do mundo objetivo dele, como: a escola; os grupos de amigos; o trabalho; o lazer; a empresa; a familia; os inimigos; os cultos religiosos; ao comprar algo; ao ler um livro; ao imitar alguém; ao assistir TV ou a um espetáculo cultural; ao ir ao médico e até quando estiver olhando para um quadro para 'descansar do contato’ com as pessoas.
Portanto em qualquer momento da vida de uma pessoa estará acontecendo a socialização por isso, Platão, filósofo e matemático do período clássico da Grecia Antiga, autor de diversos diálogos filosóficos e fundador da primeira Academia em Atenas, na obra A República, já alertava para a importancia do papel do professor na formação do cidadão.
Vamos, amigos, promover muita cultura, educação e socialização?
Beijooo
Dani