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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Poema e Poesia: Emoção escrita


A definição de arte varia de acordo com a época e a cultura, nos primordios a arte, a religião e a ciência estavam juntas na figura do xamã, que era artista, músico, ator, poeta, sacerdote e médico. Originalmente, a arte poderia ser entendida como o produto ou processo em que o conhecimento é usado para realizar determinadas habilidades, isto é técnica.
Estou preparando uma aula sobre poema e poesia, gramaticalmente existe uma pequena diferença, no formato.O poema é escrito em versos na obra literária, a poesia não tem forma fixa, depois do movimento Modernista que lançou o verso livre, se tornando sem métrica como outrora, na poesia grega. Enfim, formatos à parte o importante na arte da escrita, também, é a catarse estimulada nas pessoas que ouvem ou leem uma bela poesia ou um poema.
Há três tipos de poemas e poesias: lírica é aquela sentimentalista, alguns teóricos incluem nesta técnica a sátira, nela o autor expressa sua reação pessoal ante as coisas que vê, ouve, pensa e sente, o autor é abstrato e metafísico, a intenção dele não é a mensagem mas sim o êxtase que um poema ou uma poesia provoca nas pessoas.
Poema narrativo, conhecido também como epopeia: o autor conta uma historia de um heroi geralmente, é uma literatura mais extensa, onde o autor apresenta as personagens, os acontecimentos e lhes dá um significado.
Poema dramático também conhecido como teatro: é uma poesia em prosa que conta uma história através das falas das personagens.
A forma como é feita a arte da escrita tem sido teorizada sob enfoques diferentes e podem ser alinhadas em três grandes vertentes:
TEORIA MIMÉTICA: “Um espelho para a natureza” para Platão a arte é mimeses, imitação da realidade, entretanto cada arte se dispõe, para imitá-la por meios de objetos e maneiras que são peculiares a ela.
TEORIA EXPRESSIVA: “Revelação do interior do poeta” O ideario poético deixa de se constituir na imitação da natureza para transformar-se na expressão dos sentimentos, dos desejos, das aspirações do poeta, esta técnica não é mais um espelho da natureza, porém uma segunda natureza.
TEORIA INTELECTUALISTA: “O reflexo da inteligencia é fruto do trabalho” a essencia da teoria intelectualista diz que o ato criador não é um ‘confessionalismo’, nesta teoria o poeta recusa seus entusiasmo e inconsciência, esta é a chamada poética da lucidez, cabe ilustrar com a célebre frase de Fernando Pessoa: “O poeta é um fingidor finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente.”
Bom amigos, juntando ainda à técnica da escrita as figuras de linguagem, de construção e de pensamento podemos bem sair por aí escrevendo poemas e poesias, uma vez que, nesta literatura, a licença poética é resguarda para não ser aplicada 'pena' às infringidas nas confusas regras gramaticais do nosso querido Português.

Um beijo
dani

domingo, 22 de agosto de 2010

O Teatro do Oprimido


Estou apaixonada por Teatro, outra coisa de que eu gosto muito é Política, e como a vida é generosíssima comigo convivo com estas artes atualmente e cada vez mais vou estudá-las.
Nas décadas de 60 e 70 o brasileiro Augusto Boal criou o Teatro do Oprimido no Brasil. Isto é, o teatrólogo incentivou a democratização dos meios de produções teatrais, o acesso das camadas sociais menos favorecidas ao teatro e demonstrou a transformação da realidade através da arte.
Este método teatral reúne exercícios, jogos e técnicas, também, chamado de Teatro engajado, pois além da arte cênica propriamente dita, também existe a finalidade política da conscientização, onde o teatro torna-se um veículo para a organização de reuniões, debate dos problemas da comunidade, assembléia etc. Neste tipo de arte existem várias técnicas de apresentação.
Criada em 1971, o Teatro Jornal, encena-se o que se perdeu nas entrelinhas das notícias censuradas, criando imagens que revelam silêncios. Esta técnica foi muito utilizada na época da ditadura militar brasileira, para revelar informações distorcidas pelos jornais da época, que estavam sob censura oficial Ainda hoje é usada para explicitar as manipulações utilizadas pelos meios de comunicação.
Teatro Imagem - esta técnica teatral transforma questões, problemas e sentimentos em imagens concretas, a encenação baseia-se nas linguagens não-verbais. Essa foi uma saída encontrada por Boal para trabalhar com indígenas, no Chile, de etnias distintas com línguas maternas diversas, que participavam de um programa de alfabetização e precisavam se comunicar entre si. A imagem é uma realidade existente sendo, ao mesmo tempo, a representação de uma realidade vivenciada.
O Teatro Invisível - não é revelado como teatro e é realizado no local onde a situação encenada deveria acontecer, Uma cena do cotidiano é encenada e apresentada no local onde poderia ter acontecido, sem que se identifique como evento teatral. Desta forma, os espectadores são reais participantes, reagindo e opinando espontaneamente à discussão provocada pela encenação.
Teatro fórum – a barreira entre palco e platéia é destruída e o diálogo é implementado. Produz-se uma encenação baseada em fatos reais, na qual as personagens, oprimidos e opressores, entram em conflito, de forma clara e objetiva, na defesa de seus desejos e interesses. No confronto, o oprimido fracassa e o público é estimulado, pelo Curinga (o facilitador do Teatro do Oprimido), a entrar em cena, substituir o protagonista (o oprimido) e buscar alternativas para o problema encenado.
Teatro terapia - é um conjunto de técnicas terapêuticas e teatrais utilizadas no estudo de casos onde os opressores foram internalizados, habitando a cabeça de quem vive oprimido pela repercussão dessas idéias e atitudes.
Teatro Legislativo - 1993 - é um novo sistema, uma forma mais complexa, pois inclui todas as formas anteriores do Teatro do Oprimido e mais algumas, especificamente parlamentares. È importante a educação do público.
Então amigos, espero que o Teatro engajado sirva, sobretudo, para formar cidadãos com prosperidade financeira, espiritual, profissional e pessoal além de todos os mandatos, além de todos os partidos, além da todas as cidades, além de todo o egoísmo...além... muito além, porque a arte é um fenômeno de um instante subjetivo, onde o público pode ser feliz.

Dani
beijoooss