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sexta-feira, 13 de agosto de 2010

O Teatro


Nossos primórdios acreditavam que dançar com máscaras de animais em volta de uma fogueira controlaria as forças da natureza, como a chuva, a fertilidade da terra, a paz em casa, o sucesso nas batalhas e nas caças etc.
Para as sociedades primitivas a dança, também, possuía caráter místico de exorcização dos maus espíritos, o que contribuiu para vários mitos existirem.
A dança vai abandonando suas características ritualistas, devido ao desenvolvimento e conhecimento do homem em relação aos fenômenos naturais, e dando lugar às características mais educacionais como o desenho e posteriormente o teatro primitivo.
Surge então, na Grécia antiga no séc VI a.C., o Teatro grego que passa a ser o lugar de representação de lendas relacionadas aos deuses e heróis daquela época, conforme diz Sábato Magaldi, no livro Iniciação ao Teatro.
A primeira representação teatral foi do ator grego Téspis ao encenar as peripécias do deus Dionísio, deus da fertilidade, ele criou o papel do protagonista em um movimento que futuramente ficara conhecido como Tragédia grega. A introdução de segundos e terceiros atores nas tragédias se deu com Ésquilo e Sófocles.
Neste contexto surgiu, ainda, a peça satírica com o escritor, conservador, grego, Aristófanes, pois criou a comédia aristofânica, que mesclava a paródia mitológica com a sátira política, onde em várias obras o autor critica a guerra do Peloponeso.
Com o passar do tempo a profissionalização, a estrutura dos espaços cênicos, o surgimento do palco elevado, as inovações foram sendo adicionadas ao teatro grego. Os antigos escritores dos textos dramáticos, daquela época, cuidavam de praticamente todos os estágios das produções das peças.
Ainda no ocidente, o Teatro medieval surgiu no séc X com ideologia religiosa, criaram-se os mistérios, o palco era interiores de igrejas.
No séc XV, o Teatro renascentista rompeu com as tradições do Teatro medieval. Houve uma verdadeira recriação das estruturas teatrais na Itália, trocou-se a cena reta greco-romana pelo "palco italiano", com boca de cena arredondada e luzes na ribalta, escondidas do público por anteparos. Pela primeira vez é usada uma cortina para tampar a cena.
O Teatro humanista, que foi um momento de transição no Teatro do séc XV, teve como principal representante: Gil Vicente, escritor português que retratou o conflito existencial do ser humano e no mesmo momento surgi a Commedia Dell'Arte, na Itália, que baseia-se nos diálogos improvisados pelos atores.
O Teatro elizabetano, de Shakeaspeare, tem seu auge nos séc XVI e XVII. As peças caracterizam-se pela mistura sistemática do sério e do cômico; pelo abandono das unidades aristotélicas clássicas; pela variedade na escolha dos temas, tirados da mitologia, da literatura medieval e renascentista, e da história e por uma linguagem que mistura o verso mais refinado à prosa mais descontraída.
O espaço cênico elizabetano era de forma redonda ou poligonal em até três níveis, para que várias cenas sejam representadas simultaneamente.
Entre os séculos XVI e XVII, o Teatro espanhol chega ao apogeu com seu representante, o escritor Miguel de Cervantes, que revolucionou a literatura ao utilizar recursos como a ironia e o humor. As regras eruditas foram desprezadas e as formas originárias das apresentações populares foram incorporadas em peças de ritmo rápido, com ações que se entrecruzam.
O espaço cênico espanhol tinha diversos níveis e não havia cenários, ficando no centro de um pátio coberto.
Foi a partir do século XVII que as mulheres passaram a fazer parte das atuações teatrais na Inglaterra a na França.
Ao cabo do século XVIII, as mudanças na estrutura dramática das peças foram reflexos de acontecimentos históricos, como a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.
O Teatro no Brasil, neste período, estava sob grande influência do barroco europeu quando retratava o espírito atormentado do homem, com sentimentos antagônicos cheio de tensão interna, cercado pela sensação da transitoriedade e efemeridade das coisas, pessimista e com gosto pelo macabro. O gênero barroco, a princípio era sóbrio e depurado depois tornou-se, com o tempo, rebuscado, e com abundância de metáforas.
O Teatro do século XX, o Teatro Épico, surgiu com o sentimento de estranhamento do escritor alemão Bertolt Brecht. É caracterizado pelo ecletismo e pela grande quebra de antigas tradições, daí surgindo formas como o melodrama e a comédia digestiva.
No Teatro contemporâneo, tanto as tradições realistas como as não-realistas convivem simultaneamente, pois a peça é absoluta em si, por sua vez, passa-se a mensagem social nela contida.
Bom, este texto é somente uma introdução ao assunto, Teatro, tendo em vista a vasta literatura acerca do assunto. Existe um universo de informação meus amigos, porém a arte da dança antiga, do Teatro, a arte da vida... tem sempre o mesmo objetivo: o homem comunicar-se com o Cosmos.
Dani
beijoooss

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Andarilhos Mochileiros


Viajar é umas das coisas melhores para fazer na vida não é mesmo amigos? Que atire a primeira passagem quem não sonha em ir à rodoviária ( ou aeroporto) e tomar um ônibus sem destino... isso é realmente tudo de bom para se fazer.
Quando era criança ficava olhando os ônibus passarem pela BR040 e imaginava que eu faria muitas viagens quando fosse maior de idade, e sempre que Deus permite estou indo de um lugar para o outro, e melhor, agora com meu namorado isso torna uma viagem muito prazerosa hehe...
Além de prazerosa uma viagem é educativa pois aprende-se muito ao conviver com outras culturas, outras pessoas, outros lugares. No fim de semana passado nós, eu e Sócrates, fomos dar um rolé aqui por perto mesmo, interior do Rio de Janeiro na serra, rodamos por Conceição de Macabu, Casimiro de Abreu e Nova Friburgo.
Começou o roteiro sem destino na sexta-feira à noite, no Sábado estávamos em Nova Friburgo, lugarzinho show, lá rola vários eventos cult, adooro...ah! há também o teleférico com vista de 850 m panorâmica da cidade, eu fui no bonde sentada curtindo o passeio demais da conta.
Lá no teleférico existe uma estrutura bem montada pra receber o turista, chegando na terceira parada, antes da última, avista-se um enorme dinossauro mordendo um prédio, coisa de filme né... lá em cima, a 850 m de altura dá para encostar a mão na cruz ora vista lá de baixo, pela janela do hotel, na linha do horizonte entre o céu e a montanha, também vê-se mais de perto, ojacaré, a enorme montanha que lá de baixo vimos dois olhinhos redondinhos e lá de cima eles eram bem maiores.
Nesta viagem tirei fotos, filmei, narrei como robozinho, ri, comi, me assustei, esperei ônibus na rodoviária, pensei nas desigualdades sociais, vi belíssimas lingeries e roupas de malha lindas, assisti a um filme muito engraçado no cinema em 3D, beijei, amei...
E voltei para a torre feliz!

Dani
Beijoooss