texto

textos

segunda-feira, 14 de março de 2011

Simbolismo a Escola do Misticismo


O homem místico busca um contato direto com a realidade, ele procura a presença do Ser Supremo e Real ou do inefável e incognoscível em si mesmo, este homem encontra-se nas profundezas de seu Ser e, desta forma, percebe todas as coisas como sendo parte de uma infinita e essencial Unidade de tudo o que existe, pois, para ele tudo é um espelho o qual pode refletir a perfeição divina.
A partir de 1881, poetas, pintores, dramaturgos e escritores em geral, influenciados pelo misticismo - advindo do grande intercambio com as artes, pensamentos e religiões orientais - procuram refletir em suas obras sensações que viriam marcar definitivamente os adeptos desta corrente literaria, o Simbolismo.

Simbolismo é uma tendencia literaria da poesia e outras artes e surgiu na França, no final do século XIX, como oposição ao Realismo, ao Naturalismo e ao Positivismo da época vigente. O movimento simbolista durou aproximadamente até 1915, época em que se iniciou o Modernismo.

Pode-se dizer que o precursor do movimento simbolista, na França, foi o poeta francês Charles Baudelaire, (1821 — 1867). Ele foi um poeta e teórico da arte francesa. A obra "As Flores do Mal", (Les fleurs du mal), escrita pelo artista em 1857, reunem, de modo exemplar, 100 poemas divididos em ciclos. O poeta relata numa carta que “neste livro atroz, pus todo o meu pensamento, todo o meu coração, toda a minha religião (travestida), todo o meu odio”. Esta obra foi duramente acusada de obscenidade pela censura. Baudelaire também escrevia com base em teorias de Edgar Allan Poe.

Ao pintor simbolista não bastava pintar a realidade e sim demonstrar na tela a essencia sentimental das personagens. Os simbolistas enfatizavam o imaginario e a fantasia, eles queriam algo a mais para interpretar a realidade. No Brasil, o movimento simbolista influenciou a obra de Eliseu d'Angelo Visconti, (1866, 1944), um pintor e designer ítalo-brasileiro, ativo entre os séculos XIX e XX, foi considerado um dos mais importantes artistas brasileiros do período simbolista. A tela "Recompensa de São Sebastião" é um exemplo da influencia simbolista nas artes plásticas no Brasil,esta tela recebeu medalha de ouro na Exposição Universal de Saint Louis, em 1904. Outro importante pintor simbolista brasileiro é Rodolfo Amoedo.

No Simbolismo português os nomes de maior destaque são os escritores: Camilo Pessanha, António Nobre, Augusto Gil, Eugénio de Castro e Cesário Verde. No Brasil, o simbolismo teve início em 1893, com a publicação das obras “Missal” e “Broquéis”, de Cruz e Sousa que foi o principal poeta simbolista brasileiro. Cruz e souza usava temas místicos, espirituais, ocultos, considera-se o fato de o poeta preferir as palavras nevoa, neblina e palavras do gênero, transmite a ideia de uma obsessão pelo branco - outra característica do simbolismo - podemos observar nos versos:
"Ó Formas alvas, brancas, Formas claras De luares, de neves, de neblinas!...
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas...
Incensos dos turíbulos das aras..."

Outro autor que se destacou, no simbolismo brasileiro, foi o poeta mineiro Alphonsus de Guimaraens. Ele escrevia poesia marcadamente mística e envolvida com religiosidade católica. O poeta mineiro fez sonetos com estrutura clássica e são profundamente religiosos e sensiveis, na medida em que ele explora o sentido da morte, do amor impossível, da solidão, do sonho e da inadaptação ao mundo.

Um dos principios básicos dos artistas simbolistas era sugerir através das palavras, gestos e pinturas e não nomear objetivamente os elementos, como fazia a escola literaria Realismo. Os simbolistas se valiam da intuição e não da razão ou da lógica, preferiam o vago, o abstrato, o indefinido ou impreciso.

São também escritores simbolistas brasileiros que merecem atenção: Raul de Leoni, Emiliano Perneta, Da Costa e Silva, Dário Veloso, Arthur de Salles, Ernãni Rosas, Petion de Villar, Marcelo Gama, Maranhão Sobrinho, Saturnino de Meireles, Pedro Kikerry, Alceu Wamosy, Eduardo Guimarães, Gilka Machado e Onestaldo de Penafort.

No teatro destacam-se: o belga Maeterlinck, o italiano Gabriele D'Annunzio e o norueguês Ibsen, eles caracterizam-se por levarem ao palco não personagens propriamente ditas, mas as alegorias de forma a representar sentimento e ideias em peças onde o cenario (som, luz, ambiente, etc.) tenham maior destaque.

Bom, meus caros amigos, então podemos buscar nuances destes genios artistas simbolistas, tão enigmáticos e tão sonhadores para aplicarmos na nossa vida, no nosso dia a dia, na nossa arte pessoal!!




beeeijo;)

Dani

Um comentário: