
Estou fazendo uma oficina de performance para artistas proposta pela Cia da Ação,tem o tema Orixás Urbanos, com carga horária de 70 horas, durante 10 dias e finalizando com uma apresentação num local ao ar livre no próximo dia 31.
A Cia da Ação propôs uma performance com enfoque afro-brasileiro inspirado numa dança japonesa chamada Butoh.
Kazuo Ohno, conhecido mundialmente como o pai da Dança Butoh, juntamente com Tatsumi Hijikata, diz que o dançarino não dança para si, mas para expressar algo muito maior que isso...
Butoh é uma das mais arrojadas formas de dança contemporânea, oriunda do Japão. Ela transmite muitas idéias diferentes, ao mesmo tempo, o que choca e surpreende. Através das formas da alma, das emoções, da vivência de cada um são criadas as seqüências gestualísticas que os japoneses chamam de ‘dança das sombras’, como também é conhecida devido ao sentido pós-guerra, no ano de 1959, quando se deu o nascimento desta dança.
Quanto mais olhos veem o performer mais ele pode ser visto. Sempre lembrar que o mais importante da dança butoh está no que a alma do dançarino deseja, acredita e quer expressar, uma vez que a dança está até na imobilidade do corpo. Entretanto o que não pode ficar imóvel é a intensidade da sinergia do dançarino.
Nesta dança o binômio corpo/alma se conjugam, consequentemente, o dançarino é o veículo para esta conjunção acontecer, isto é, ele, definitivamente, não é um ator interpretando uma dança contemporânea japonesa, deixe Stanislavisk fora disto!
Portanto, amigos, nesta oficina estou aprendendo a dançar Butoh, que eu definiria como ‘dança da alma’, com ênfase afro-brasileira, isto é, vou projetar o que minha alma quiser dançando a beleza da natureza...
Dani
beijooss
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